Quase dois meses depois do início, a campanha de vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul ainda não atingiu a meta de imunizar 90% dos grupos prioritários. Segundo a última atualização da Secretaria Estadual da Saúde, haviam sido vacinadas 2,5 milhões de pessoas até a manhã desta quinta-feira, o que corresponde a 74,06% do público-alvo. Em Porto Alegre, 380 mil pessoas (65,5% do total), entre idosos, crianças menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, indígenas e pessoas com comorbidades, foram vacinadas.
A baixa procura se reflete também em outras partes do Brasil, e o Ministério da Saúde vai avaliar nesta sexta, a partir dos dados consolidados da vacinação em território nacional, se amplia a duração da campanha. Gratuita para os grupos prioritários, a vacina contra a gripe está disponível em postos de saúde de todo o país. Até 2016, a meta estabelecida pela pasta era de 80%, mas, neste ano, o objetivo foi ampliado para 90%.
No Brasil, até segunda-feira, 58,2% do público-alvo havia sido vacinado. Autoridades de saúde acreditam que a baixa letalidade da gripe neste ano e os poucos dias de frio tenham levado muitos a deixar de lado a vacinação.
Leia mais:
Dia D para vacinação contra a gripe registra baixa procura em Porto Alegre
Baixa vacinação de crianças contra gripe preocupa Secretaria da Saúde do RS
Novo medicamento contra HIV será oferecido pelo SUS
– É importante se vacinar agora até para que, quando o inverno chegar, essa parte da população esteja imunizada – destaca a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Marilina Bercini. – Não tem por que sobrar vacina. Queremos aplicar todas as doses encaminhadas pelo governo federal.
O alerta é para que o público-alvo busque a imunização logo, já que a vacina demora alguns dias para fazer efeito e as temperaturas mais baixas devem aparecer no mês que vem. No Rio Grande do Sul, sete óbitos foram registrados devido à influenza em 2017, sendo dois deles de moradores da Capital que não haviam sido vacinados.
Quem deve se vacinar
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Gestantes em qualquer idade gestacional
- Puérperas (até 45 dias após o parto)
- Crianças a partir de seis meses e menores de cinco anos
- População indígena
- Pessoas de cinco a 59 anos portadoras de doenças crônicas não transmissíveis
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
- Trabalhadores da área da saúde (todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade)
- Detentos e funcionários do sistema carcerário
- Professores da rede pública e privada
Onde se vacinar
- Postos de saúde de todo o Estado
- Em Porto Alegre, a campanha ocorre em 141 salas de vacinação mantidas pela Secretaria Municipal de Saúde. O atendimento é feito das 8h às 17h em todas as unidades. Já no Centro de Saúde Modelo e na Unidade Básica São Carlos, o horário de funcionamento é até as 22h.
O que levar
- Para fazer a vacina em crianças entre seis meses e menores de cinco anos, pais ou responsáveis devem apresentar a carteira de vacinação.
- Pessoas com comorbidades serão atendidas mediante auto referência, ou seja, são dispensadas de apresentar atestado médico ou receita de medicamento de uso contínuo que comprove a doença.
- Já os profissionais de saúde e professores precisam apresentar carteira de trabalho ou contracheque com descrição do local de trabalho.
- Idosos e demais grupos devem levar o Cartão SUS ou documento de identidade.
- No caso de gestantes que não são acompanhadas no SUS, levar atestado médico com a solicitação. As gestantes têm à disposição a vacina ao longo do ano, já que a gestação pode ser conhecida em período diferente ao da campanha de vacinação.
CONTÁGIO
- Ocorre por meio de espirros, tosse e contato direto com pessoas ou locais e objetos contaminados (aperto de mão ou utilização de talheres, por exemplo).
- Para diminuir as chances de contágio, os locais fechados devem ser evitados e o hábito de lavar as mãos (se possível, com álcool gel) deve ser frequente.
COMO PREVENIR
- Adotar hábitos simples de higiene, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão.
- Não compartilhar objetos pessoais se estiver com sintomas.
- Cobrir boca e nariz com lenço descartável ao tossir e espirar.
- Manter ambientes de grande circulação sempre limpos.
- Deixar ambientes úmidos ventilados e iluminados com luz solar.
