O mato tomando conta da placa que indica o início e o fim de uma reforma, encravada na frente da unidade básica de saúde do Bairro Tijuca, em Alvorada, é o sinal de atraso na obra programada para iniciar em setembro e ser finalizada em dezembro de 2016. Até hoje, porém, o prédio segue fechado.
Orçada em R$ 109 mil, a reforma previa as trocas do telhado, do madeiramento do telhado e da fiação elétrica, a pintura interna e externa do prédio e readequação da organização interna. Quem dependia do atendimento no posto, passou a ser atendido no mais próximo, no Bairro Umbu, a 2km de distância. A prefeitura não soube informar quantos pacientes são atendidos por mês na unidade.
– O atendimento é bom, mas o acesso ao lugar é ruim. Só dá para ir a pé. Um paciente enfermo sofre para chegar lá – reclama o comerciante Aldoni Lopes Bica, 61 anos, morador do Tijuca há quatro décadas.
Fundador do bairro, Aldoni é até hoje uma das vozes atuantes na região. Indignado com o atraso no que será a primeira reforma em mais de 20 anos do prédio, o comerciante solicitou reunião com a secretária de Saúde, Neusa Abruzzi, e teve o pedido atendido em março.
– Ela prometeu que a reforma seria retomada naquele mês, mas nada mudou até agora. Sabemos que houve transição de governo, mas já está na hora da situação ser resolvida. Falta pouco para o prédio ser entregue – sustenta Aldoni.
No bairro, apesar de confirmarem o problema, os moradores preferem não se manifestar. Alegam que poderão sofrer represália depois no posto onde são atendidos.
Promessa
De acordo com o diretor-geral de Saúde de Alvorada, Guilherme Guterres, já foram iniciados os procedimentos legais para a retomada das obras da unidade. O valor havia sido repassado a partir de uma emenda parlamentar de 2013. Guilherme explica que o atraso ocorreu porque com a mudança da gestão municipal não foi prorrogado o contrato com a empresa responsável pela reforma, que havia terminado em dezembro de 2016. Ainda ficou pendente uma nota de pagamento à construtora, que será paga nos próximos dias.
– Com as trocas do fiscal de obra e da fiscal de contrato, foi preciso recomeçar praticamente do zero. Estamos renovando o contrato e em, no máximo, 30 dias, o trabalho deverá ser retomado – garante.
Leia mais notícias