Claudia Chiquitelli
Especial
Em um típico cenário de guerra, marcado pelo aumento da violência urbana, problemas socioeconômicos e pela procura, cada vez mais constante, por serviços voltados à segurança, 2016 registrou, segundo informações do Sistema de Controle de Automóveis Blindados do Exército, 18.865 blindagens em todo o país.
Esse número representa uma alta de mais de 60% em dois anos, considerando os últimos dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), de 2014. O Rio Grande do Sul ocupa a quinta posição em veículos com proteção extra, com 420 unidades. São Paulo é, disparado, o Estado com o maior número de processos realizados, com 12.097 veículos.
Os números demonstram a grande preocupação da população com segurança e vão ao encontro às últimas informações publicadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apontam para um crescimento de 14,22% no número de homicídios em um período de 10 anos (2005 a 2015).
De acordo com o especialista em segurança e blindagem de veículos, Glauco Splendore, da Splendore Blindagem, a falta de políticas públicas tem feito com que, cada vez mais, a própria população invista em segurança particular e a blindagem tem sido uma forma de garantir a proteção à família.
– O setor de blindagem deverá crescer, para este ano, cerca de 15% a 20% em consequência deste sentimento de insegurança em ascensão – explica.
Atualmente, o Brasil é líder mundial em frota veículos blindados, com mais de 160 mil carros utilizados por civis, segundo a Abrablin.