Sabe aquela foto famosa de pessoas segurando a Torre de Pisa, na Itália ou aquele registro de alguém segurando a super lua? O "truque" é mais simples do que parece. Basta calcular a distância ideal entre o objeto no primeiro plano e um outro elemento no segundo, ajustar o enquadramento e pronto: você tem uma foto em perspectiva.
A perspectiva é um atributo inerente à linguagem fotográfica. É ela que representa a tridimensionalidade de um quadro, bem como a relação dos diversos planos que constituem a composição de uma fotografia. Por mais que a foto registre um momento com três dimensões – altura, comprimento e largura – a apresentação final se dá em apenas duas dimensões, como se houvesse um "achatamento" de planos. Para criar ilusões de óticas, deve-se lançar mão desse processo.
Os elementos posicionados fisicamente mais longe da câmera ficarão menores no quadro, enquanto que aqueles que forem trazidos mais próximo da câmera ocuparão maior espaço. Sendo assim, o grande segredo para a execução correta desta técnica é despender constante atenção ao posicionamento dos objetos fotografados. A partir disso, a criatividade do fotógrafo é o limite: pode-se ficar tão pequeno a ponto de caber na palma da mão de outra pessoa ou tão grande a ponto de poder sustentar o sol entre os dedos.
Como fazer:
– Posicione os elementos que deverão ficar maiores na foto próximos à câmera;
– Posicione os elementos que deverão ficar menores na foto longe
– Alinhe bem os dois planos
– Quanto menos elementos aparecerem na foto, mais fácil será de tornar a ilusão de ótica mais realista
– Abuse da profundidade de campo, deixando todos os planos com foco. Para aqueles que utilizam aplicativos que possibilitam o controle manual da máquina ou quem tem uma máquina fotográfica com programação manual, deve-se deixar com o diafragma (o "F" da máquina) o mais fechado possível, pois isto ampliará a profundidade de campo, evitando que os elementos do segundo plano fiquem desfocados. Isso torna a ilusão mais verídica.
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