À medida que a noite se aproximava, aumentava a expectativa para a aparição do astro – em ambos os sentidos. Nesta segunda-feira, a superlua, que ocorre quando o satélite está em sua fase cheia e também no ponto mais perto da Terra, é a maior em quase 70 anos.
Imagens estonteantes do fenômeno em países como China, Taiwan e Grécia – ainda mais impressionantes em função do uso de superlentes – encantaram os brasileiros ao longo do dia. Na Capital, cerca de 30 pessoas se encontraram no começo da noite no Parcão para meditar. O evento é realizado todo mês na lua cheia e, na edição desta segunda, a expectativa era de que fosse especial.
– Acreditamos que será possível sentir mais a influência da lua – diz a voluntária Úrsula Dutra Christini.
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FOTOS: a superlua pelo mundo:
A superlua não é dos eventos mais raros: teve uma em 16 de outubro e haverá outra daqui um mês, em 14 de dezembro. Mas essa está gerando mais curiosidade por configurar a menor distância lunar desde 1948, o que não deve voltar a acontecer até 2034. Isso ocorre porque, nesta segunda, o satélite passou à fase cheia apenas cerca de duas horas depois de atingir a aproximação máxima da Terra.
Mas a superlua, na verdade, não é tão super assim. Significa que a lua pareceu 14% maior do que quando está no seu ponto mais longe da Terra. Além disso, o perigeu (o ponto mais próximo de sua trajetória elíptica) ocorreu às 9h21min (horário de Brasília) e, o fenômeno por definição, no momento da lua cheia, também foi em pleno dia, às 11h54min. Nesta hora, o satélite esteve a 363.338 km da Terra.