O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado neste final de semana. São 8,6 milhões de candidatos inscritos em todo o país. Na reta final de estudos, o Diário Gaúcho foi atrás da experiência de duas estudantes que fizeram as provas em edições anteriores, tiraram importantes lições a partir daquilo que não deu certo e dividem com quem vai prestar o exame pela primeira vez. Identificando as fragilidades e as áreas nas quais foi preciso investir mais tempo de preparação e estudos, se sentem mais preparadas para encarar o Enem novamente. E ensinam:
– Se a primeira nota não for boa, é importante não desistir. Continue tentando que irá conseguir – afirma Pâmela Borges Gonçalves, 20 anos, moradora da Lomba do Pinheiro.
As provas serão realizadas neste sábado e neste domingo. Os portões de acesso serão abertos às 12h e fechados às 13h. As provas terão início às 13h30min. No sábado, serão aplicados os exames de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4h30min. Já no domingo, os estudantes farão as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias, com duração de 5h30min.
Leia mais
Quase 2 mil estudantes não farão Enem neste final de semana em função de ocupações no RS
Saiba o que fazer se o seu local de prova do Enem está ocupado
A lição tirada do insucesso
Esta será a terceira vez que Pâmela Borges Gonçalves, 20 anos, moradora da Lomba do Pinheiro, fará o Enem. Ela está frequentando as aulas do Pop - Pré-Vestibular e Enem Popular, na sede do Uni Preparatórios no Centro da Capital.
Pâmela começou a prestar o exame quando ainda estava no terceiro ano do ensino médio, para treinar. No ano passado, fazia o técnico pela manhã, estagiava à tarde e o preparatório para o Enem à noite, mas sobrava pouco tempo para estudar. Mesmo que não tenha obtido o resultado esperado, esses anos de tentativas serviram para que ela amadurecesse a ideia de cursar Direito.
– Eu não estava preparada – lembra a aluna.
As duas tentativas serviram para Pâmela identificar deficiências – como nas exatas, por exemplo, para as quais está se dedicando mais – e também para pegar os macetes da prova, apurando a estratégia para melhorar seu desempenho.
– Agora, eu faço as questões fáceis primeiro. Antes, perdia muito tempo naquelas que eu não sabia. Então circulo as que eu já sei a resposta e começo por elas – ensina.
Outro aprendizado adquirido com a experiência de exames anteriores foi optar por fazer a redação antes das questões.
– Eu deixava a redação por último, aí tinha que correr – recorda.
Ao longo da preparação, Pâmela percebeu a importância de estar bem informada. Foi aí que a família dela passou a assinar uma revista de atualidades.
Mariana Ferreira, 21 anos, do Campo Novo, fez o Enem desde que cursava o primeiro ano do ensino médio. Ficou um tanto assustada com a prova, pois viu nela conteúdos que sequer havia sido apresentada. Mesmo assim, considerou a experiência importante para familiarizar-se com o Enem.
– Foi bom para conhecer o formato da prova - lembra a candidata que está em dúvida entre cursar Biologia ou Estética.
Mariana recorda ter perdido muito tempo nas provas de exatas por insistir nas questões que não sabia a resposta. Agora, além de fazer primeiro as fáceis, tenta driblar o nervosismo, que sempre aparece.
– Fico nervosa na redação, que é o meu maior desafio. Mas agora leio a proposta, penso no que escrever enquanto vou fazendo as outras questões. Como sou indecisa, acho melhor escrever o rascunho só quando tenho certeza - explica a aluna que vem pesquisando na internet sobre temas da atualidade que podem cair na redação.
A receita das meninas
* Pâmela desativou a conta das redes sociais no computador por um mês, para evitar a distração.
* As duas meninas estão namorando e os namorados também vão fazer o Enem. Elas consideram positivo contar com alguém próximo para a rotina de estudos para além das aulas no cursinho.
* Na reta final, além das aulas, elas dedicam tempo em casa para assistir a videoaulas no youtube.
* Numa das edições do Enem, Pâmela foi designada a fazer a prova num colégio distante. Três dias antes da prova ela pesquisou a linha de ônibus que atendia a região e fez o percurso até o local da prova, para evitar atrasos no dia do exame.
* Ambas as candidatas citam que uma alimentação reforçada na véspera é fundamental. Bem como a hidratação no dia da prova (pode levar água desde que a garrafa seja transparente e sem rótulo) e também o chocolate ajuda a melhorar a concentração na prova.