Na Semana Estadual de Combate e Prevenção do Aneurisma da Aorta, o cirurgião cardiovascular Eduardo Keller Saadi e o Hospital Mãe de Deus promovem palestra com entrada franca e mutirão de exames gratuitos para rastreamento da doença, que não tem sintomas, mas é grave e pode ser fatal.
Um simples raio x ou ecografia detectam a lesão que, como um balão de festa, infla silenciosamente na principal artéria do corpo humano. Descoberta a tempo, é só tratar para não estourar.
A palestra do doutor Saadi será hoje, dia 25 de outubro, às 19h, no auditório do Hospital Mãe de Deus. As primeiras cem pessoas que chegarem ao evento e que pertençam ao grupo de risco, ou seja, que tenham mais de 60 anos, recebem senhas para ecografias gratuitas para detecção do aneurisma da aorta. O mutirão de exames será realizado no próximo sábado, dia 29 de outubro, a partir das 8h, no Hospital Mãe de Deus.
– É essencial descobrir a dilatação logo no início. É importante pedir ao médico um exame de imagem, pois o aneurisma da aorta tem cura. Basta tratar clinicamente e acompanhar sua evolução. Se crescer muito, não significa uma sentença de morte. Os procedimentos disponíveis, principalmente os endovasculares e minimamente invasivos, corrigem o problema. Hoje, com uma simples punção, sem incisão ou corte, é possível introduzir, por dentro da artéria, um cateter que leva uma prótese e elimina o aneurisma. A recuperação é rápida e a vida normal é retomada em poucos dias – alerta o doutor Saadi.
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Os resultados serão informados no final de cada avaliação e os casos positivos serão orientados para tratamento. Durante os eventos, há distribuição de cartilha com informações e cuidados.
Mais informações pelo telefone 3230-6069.
O que é o aneurisma da aorta
A aorta é a principal e mais grossa artéria do corpo humano. Normalmente, tem 2cm de diâmetro. É submetida à pressão constante devido ao fluxo sanguíneo ejetado pelo coração. A cada batimento cardíaco, as paredes da aorta se dilatam e se retraem. Uma doença do tecido elástico provoca uma dilatação progressiva num determinado ponto da artéria na altura do abdômen ou do tórax.
Se atingir 3cm, já é considerado aneurisma. Quanto mais se dilata, mais frágil fica a parede. A anomalia pode ser comparada a um balão de festa ou com uma bolha que infla silenciosamente.
Quando atinge 5cm ou mais de diâmetro, a membrana já está muito fina e pode estourar. Se rompe, provoca hemorragia interna grave, resultando em 90% de óbitos. Apenas metade dos pacientes com aneurisma da aorta roto consegue chegar viva ao hospital. Entre esses doentes, mais da metade morrem durante ou após cirurgia de urgência.