Em 2013, quando o Snapchat começou a consolidar um público jovem fiel à ideia de que um conteúdo não sobreviveria na rede por muito tempo, o Facebook cresceu os olhos: ofereceu, segundo a Forbes, US$ 3 bilhões de dólares pela empresa do fantasminha.
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O Snapchat recusou. Em 2016, mostra que conseguiu crescer sem se juntar ao time de Mark Zuckerberg e que firmou uma estratégia vencedora para atrair publishers e grandes personalidades. O público cativo é a geração Z, que usa também o "Snap" como um messenger e um meio de comunicação entre usuários mais divertido, não só com emojis e texto, mas com fotos e vídeos espontâneos. Esse é ainda um recurso no qual o Instagram não conseguiu se consagrar: como um serviço de mensagens.
Além disso, as marcas e veículos de notícia ganharam um espaço de relevância no "Discover", que permitiu a experimentação com um novo formato para contar histórias e transmitir informações.
Com o lançamento do recurso Stories, o Instagram, que é do Facebook, começou uma movimentação para adotar os recursos que os usuários mais amam do Snapchat. Gostou da nova função quem achou que se dedicar a mais uma rede social seria muito trabalhoso, mas achou o formato que não precisava de muita curadoria e mostrava mais espontaneidade uma boa ideia. Além disso, publicar histórias para uma audiência no Instagram, construída há anos, gerava mais visualizações.
A dinâmica do novo recurso do aplicativo de fotos é deveras parecida com a do Snapchat, e pode ficar ainda mais semelhante. O Facebook comprou o MSQRD, aplicativo de filtros para selfies, em março deste ano, o que sinaliza que a empresa também quer oferecer funções divertidas que utilizam efeitos visuais e algoritmos de reconhecimento facial para os seus usuários. Durante a Olimpíada, o aplicativo do Facebook já disponibilizava alguns filtros temáticos.
A corrida para ganhar os usuários é longa e o efeito dessas atualizações do Instagram serão vistas nos próximos meses. Ainda é cedo para discutir se o Facebook, com o Instagram, vai conseguir neutralizar o efeito Snapchat.