Guilherme Justino
Há um pedacinho do Rio Grande do Sul que fala japonês. Em que as pessoas se comunicam baixinho, evitam olhar nos olhos de estranhos e preferem se resguardar em casa ou no campo. Habitado por gente que mantém vivas tradições milenares e colhe os frutos do trabalho duro com paciência e disciplina. Que anda a passos curtos, sem pressa, mas determinados. Uma terra com imigrantes que, saudosos e temerosos do lugar a que disseram adeus na juventude, ainda hoje lutam para encontrar um rumo – não mais para si, mas para seus filhos e netos.
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