A concessão de novas bolsas para alunos de graduação por meio do Ciência sem Fronteiras será interrompida pelo governo federal. Os recursos para custear períodos de estudo de universitários no Exterior sempre foram o foco do programa, representando 79% dos benefícios já concedidos.
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), insistiu que a decisão não significa o fim do programa, prometendo que haverá novas bolsas para estudantes de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e também auxílio para mandar a outros países alunos de baixa renda que cursam o Ensino Médio em escolas públicas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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A decisão foi tomada devido ao alto custo operacional do programa de intercâmbio.
– Um aluno no programa custa, na média, R$ 105 mil por ano. O governo gastou no ano passado com 35 mil bolsistas o equivalente a todo o investimento em merenda escolar para cerca de 40 milhões de estudantes – disse Mendonça Filho.
De acordo com o ministro, as novas iniciativas ainda dependem da liberação de orçamento. Quanto aos bolsistas atualmente vinculados ao Ciência sem Fronteiras, Mendonça Filho assegurou que os benefícios serão pagos até a conclusão de seus cursos.