Professores ligados ao Cpers não têm previsão para deixar o Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), ocupado na segunda-feira após uma reunião com representantes do governo que terminou sem acordo. A decisão da categoria foi ainda fortalecida pela Justiça na tarde desta terça, quando foi negado um pedido de reintegração de posse protocolado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
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A negociação entre representantes dos estudantes e do governo do Estado no início da noite desta terça-feira – que fez com que alunos deixassem a Assembleia Legislativa e se comprometessem a desocupar as escolas gradativamente,e, em contrapartida, o governo adiasse a votação do PL 44 para o próximo ano – também não deve ter impacto significativo no movimento do Cpers, avalia a professora Neiva Lazzarotto, integrante do comando de greve dos professores.
– Foi um acordo realizado por algumas organizações do movimento estudantil. Não sabemos se todas as ocupações vão acatar a decisão. Além disso, não estamos em greve há 30 dias somente em função do PL 44. São vários os itens. Sabemos que não teremos todas as nossas demandas atendidas, mas apenas o adiamento da votação não é garantia para encerrarmos a ocupação – afirmou a professora em entrevista a Zero Hora.
Conforme o Cpers, reuniões de gestão estão sendo realizadas, mas ainda não há previsão de um novo encontro entre representantes do Estado e a categoria.
Para acelerar a retirada dos professores do Caff, deputados da oposição, satisfeitos com a negociação acatada pelos alunos, pretendem levar os mesmos moldes do acordo aos professores grevistas que ocupam o prédio público. Parlamentares querem discutir com os demais poderes as questões salariais e plano de carreira ao magistério.