Seja sozinho, de mochila nas costas, a bordo de um motorhome ou em família, autores de quatro blogs de viagens de Santa Catarina listam opções preferidas para passar as férias de julho pelo Estado. A pedido do Diário Catarinense, Sandra e Darlou D'Arisbo (do felizmotorhome.blogspot.com.br), Luiz Harbs (do guiascturismo.com.br e www.destinoliberdade.com), André Humeres (do www.entrerumos.com) e Itamar Japa (do www.demochilaecaneca.com.br) traçaram quatro roteiros do Vale do Itajaí ao Sul do Estado para quem ainda não planejou a viagem ou aqueles dias de folga que virão em julho, com as férias de inverno. Mesmo no frio, tem opções para todos os perfis: aventureiro, contemplativo ou sossegado. Confira as dicas:
CONTEMPLAR OS CÂNIONS DO SUL EM PRAIA GRANDE
Sandra e Darlou D'Arisbo
Especializados em viagens com motorhome
felizmotorhome.blogspot.com.br
Quando se fala em Aparados da Serra, para quem não conhece bem a região, logo lembra-se da cidade de Cambará do Sul (RS). Mas no maravilhoso Estado de Santa Catarina fica Praia Grande. Esta pequena cidade de apenas 7 mil habitantes, localizada aos pés dos cânions, tem cachoeiras, piscinas naturais, trilhas de caminhada na mata e, claro, as pérolas do local, os cânions Itaimbezinho e Malacara.
Neste período de inverno, em especial em julho, o frio costuma ser intenso (por vezes na cidade de Praia Grande está um clima ameno, mas ao subir a serra em direção aos cânions, a temperatura cai abruptamente), mas isso desfavorece a formação de neblina, e com isso, permite belíssimas imagens, paisagens e fotos.
ROTEIRO
Cânions de Praia Grande
Como chegar: saindo de Florianópolis, seguir sentido Sul pela BR-101 até o trevo de acesso à São João do Sul, no total são 280 quilômetros. Ou ainda de linhas de ônibus, saindo de Florianópolis ou Araranguá.
Vale passar quanto tempo: de 1 a 3 dias é o suficiente, a não ser que queira realizar todas as trilhas e passeios.
Custo médio por dia: considerando que o casal poderá se hospedar em chalé com cozinha, e deste modo, economizar com as refeições, os valores médios são de R$ 250/dia com acomodação e refeição. As atrações tem valores diversos, pois pode-se ou não contratar um guia ou transporte. No site da prefeitura há várias opções e sugestões. Para a entrada no parque, paga-se a taxa de R$ 15, mas brasileiros têm desconto e pagam apenas R$ 8.
Mais informações: sobre o parque, trilhas, dicas, visite o site do ICMBIO
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<strong akko="" std="" text-transform:="">TRILHA NO MORRO DO BAÚ
Luiz Harbs
guiascturismo.com.br
www.destinoliberdade.com
O Morro do Baú é uma montanha notória na pequena cidade de Ilhota e visto de inúmeras cidades do Vale do Itajaí e do Litoral Norte do Estado. Muito mais do que símbolo da trágica enchente de 2008, a reserva ecológica e sua trilha para o topo proporcionam lembranças para não se esquecer tão cedo! Partindo da BR-470 em direção ao distrito do Baú, após alguns quilômetros chega-se à sede abandonada do que um dia foi o parque.
Dali, basta seguir os 3,5 quilômetros entre a mata, por uma trilha bem marcada e de nível fácil/moderado até a tão aguardada vista. No topo, a 819 metros de altitude, pode-se observar várias cidades vizinhas, montanhas distantes e a imensidão do mar, inclusive algumas ilhas.
Em um momento de descanso, em meio à contemplação, pode-se aproveitar a sensação de relax que só a satisfação de uma atividade outdoor pode proporcionar.
ROTEIRO
Trilha do Morro do Baú, em Ilhota
Como chegar: um dos caminhos mais fáceis de chegar é seguir pela BR-470 até Blumenau. Notrevo da Fortaleza, seguir rumo à localidade do Belchior, onde ficam as cascatas Cascaneia e Carolina, em direção ao Parque Botânico Morro do Baú, onde começa a trilha.
Duração do percurso: em média quatro horas e meia (para subir e descer)
Importante levar: calçado fechado, repelente, lanche, 1,5 litro de água e muita disposição.
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SE O DESEJO É MESMO ENCARAR O FRIO, A SERRA É A OPÇÃO
André Bathke Humeres
Blogueiro e mochileiro
www.entrerumos.com
Sou suspeito para falar, pois São Joaquim é minha cidade natal. Mas quando as temperaturas caem, é impossível não recorrer à cidade como destino. As melhores atrações, para mim, envolvem o contato com a natureza. O Parque Ecológico Snow Valley oferece estrutura com vista para a reserva ecológica, com restaurante/café, trilhas com cachoeiras e tirolesa. Além da maçã, o vinho da região é referência.
Portanto, visite ao menos uma das vinícolas locais. A Villa Francioni com certeza é a que mais enche os olhos, vale a pena fazer o passeio com degustação de vinhos. A Monte Agudo tem uma vista incrível e oferece pique-niques entre as parreiras. Já a recém inaugurada Leone di Venezia tem jantares harmonizados e vinhos de variedades de uvas italianas que são excelentes.
A Serra do Rio do Rastro, no município de Bom Jardim da Serra, está a apenas 50 minutos de São Joaquim. Há trilhas pela região dos cânions ou passeios a cavalo caso queira se aventurar. Faça uma parada para almoço na Churrascaria Cascata no caminho de ida ou volta, a comida é tão boa quanto a vista. A Casa do Vinho, no centro de São Joaquim, oferece degustações com agendamento, e tem ampla opção de rótulos locais à venda.
A loja da Sanjo é outra opção para adquirir produtos locais, desde sucos e vinhos produzidos pela cooperativa, até artesanato, mel e produtos derivados das frutas da região. Experimente a goiaba serrana (feijoa), não existe em outro lugar e é deliciosa. As opções de estadia variam bastante, basta pesquisar e escolher o que melhor se encaixa no seu perfil.
Há hotéis fazenda, hotéis boutique, pousadas e aluguéis pelo site do AirBnb. E claro, não esqueça de tirar uma foto no termômetro se as temperaturas estiverem negativas. Com sorte você verá neve, ou pelo menos os campos amanhecendo brancos de geada.
ROTEIRO
Vinho, frio e paisagens da Serra catarinense
Como chegar: A melhor maneira é ir de carro. Saindo de Florianópolis via BR-282 sentido Lages, entrando na SC-416 via Urubici (3h30min de percurso). Ou pela BR-101 Sul, entrando na SC-390 em Tubarão e subindo a Serra do Rio do Rastro (4h20 min de duração). De São Joaquim até Urubici demora 1h de viagem, e até a Serra do Rio do Rastro são 50m.
Vale passar quanto tempo: Entre dois e quatro dias.
Custo médio por dia: cerca de R$ 150, incluindo refeições e passeios, sem hospedagem ou combustível.
Onde ficar: Loft São Joaquim, Fazenda La Hacienda, Rio do Rastro Eco Resort, Snow Valley.
Atrações: Serra do Rio do Rastro, Snow Valley, Villa Francioni, Canion das Laranjeiras, Serra do Corvo Branco.
Onde comer: Restaurante Pequeno Bosque, Boulevard Café Colonial, Churrascaria Cascata.
Informações turísticas: www.serracatarinense.com
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GUARDA DO EMBAÚ: PARAÍSO ATÉ NO INVERNO
Itamar Japa
www.demochilaecaneca.com.br
Muitos lugares são um verdadeiro terror para pessoas que não gostam de multidão, mas se revelam lugares tranquilos e quase desertos no período das férias de julho. É nessa época que surge a oportunidade para quem não gosta de muvuca conhecer lugares paradisíacos de Santa Catarina. Um desses paraísos é a Guarda do Embaú, em Palhoça.
Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, é disputada por milhares de turistas na alta temporada, mas nesta época do ano costuma ser um local bem tranquilo, que pode proporcionar momentos incríveis.
A Guarda do Embaú é um lugar ideal para amantes da natureza e, mesmo que o frio intenso que tem feito neste ano não permita um banho de mar, a região tem diversas opções de lazer. O destaque fica com as diversas trilhas, como a de 10 quilômetros que liga a Guarda do Embaú à Praia da Pinheira, ou ainda a trilha de menos de um quilômetro que vai até a Pedra do Urubu, um mirante natural com a melhor vista da região. Nós recomendamos a Guarda para amantes da natureza que querem aproveitar o lugar sem os milhares de turistas da alta temporada.
ROTEIRO
Guarda do Embaú
Como chegar: A praia fica a cerca de 50 quilômetros de Florianópolis, o acesso é feito através da BR-101, no trevo do Km 244, que dá acesso à Praia da Pinheira. Depois de cerca de 4 quilômetros é preciso seguir à direita na bifurcação e em mais 1,5 quilômetro chega-se ao centrinho da Guarda do Embaú.
<strong font-size:="" g1="" mercury="" text="">Vale passar quanto tempo:<span font-size:="" g1="" mercury="" text=""> 4 ou 5 dias são ideais para uma boa estada na Guarda do Embaú.
Onde se hospedar: Existem diversas opções de hospedagem, mas uma boa dica pra quem não está sozinho é tentar alugar as casas dos pescadores que costumam ter um preço bem camarada.