Flavio Pechansky enveredou pela pesquisa acadêmica por ser um curioso crônico, xereta, inconformado – características fundamentais a quem se lança ao desafio de desvendar o universo científico. O psiquiatra porto-alegrense de 54 anos teve a trajetória profissional influenciada pela mistura de referências a que foi exposto dentro de casa: seguiu a carreira do pai, o psiquiatra e psicanalista Isaac Pechansky, mas com boa parcela de inspiração absorvida também da mãe, a artista plástica Clara Pechansky. Flavio optou pela especialização em dependência química, um campo promissor para estudos, nos anos 1980 – na época, o tratamento para alcoolismo ainda estava em fase incipiente, e os médicos da área eram chamados de "os loucos do alcoolismo".
– Todo mundo me perguntava por quê: "Você tem familiar alcoolista? Usa drogas?". Não. Diria que as duas coisas que fomentaram isso foram, primeiro, porque são pessoas muito necessitadas. Essa sensibilização eu e meu irmão sempre tivemos, meus pais são assim. Segundo, é uma área muito rica, permite muita pesquisa, exatamente por ser uma área na qual não se sabe muita coisa – explica.
Três décadas depois, Flavio, diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da UFRGS e chefe do Serviço de Psiquiatria de Adição do HCPA, é referência internacional nas esferas acadêmica e clínica. Nesta entrevista, ele fala do cenário brasileiro, da importância da imposição de limites na adolescência e da legalização da maconha. Também aborda seus hobbies – pescar e fazer bonsais:
– Não tem como a gente trabalhar nessa área se não tiver bons escapes.
Como vê o consumo de álcool no Brasil?
O Brasil é um país de muito consumo de álcool, e nosso consumo é muito liberal. As grandes empresas de manufatura e de distribuição de bebida alcoólica têm milhões de pontos de venda. É muito fácil ter consumo por menor de idade, o nível de controle é pequeno. Há países com consumo elevadíssimo de álcool, como os países nórdicos e grande parte dos europeus, mas não há problemas grandes no sentido social. Quais são os clássicos problemas causados por consumo abusivo, que é diferente de alcoolismo? Briga de torcida, beber e dirigir, depredação... Noruega, Dinamarca e Holanda bebem pesado, são liberais com o consumo, mas muito duros com o consumo em determinadas situações, por exemplo, o trânsito. Ter consumo elevado não é igual a ter problemas com consumo elevado. Aí entra outro elemento, que é a malha de fiscalização, o quanto a lei é cumprida. Você pode se embriagar o quanto quiser na Austrália, mas depois pega um transporte público e não dirige. Quando beber e dirigir estão muito associados é que os problemas acontecem. É o nosso caso.
Além do fácil acesso, nossos traços culturais contribuem para que se beba tanto?
É impossível a gente não considerar isso no todo da nossa cultura de permissividade, muito favorecedora do desvio. Por exemplo, a vaga para cadeirante que é ocupada por não deficiente. Temos lei sobre estacionar em local proibido, beber e dirigir, vender bebida em posto de gasolina. O que faz nos comportarmos pode um dia vir a ser consciência social, mas no momento somente seria a percepção de que vamos ser sancionados se não andarmos na linha. Se eu alugar um carro para dirigir no Canadá, vou dirigir diferentemente do que dirijo no Brasil, mesmo que não tenha policial me olhando, porque tenho uma percepção de que a chance de eu ser pego por fazer algo errado é maior. Como essa percepção é desenvolvida? Pela percepção de que serei punido. Se você pegar uma moto que tenha aquela luzinha vermelha, o giroflex, e deixá-la numa esquina, sem ninguém, só a moto com aquilo girando, as pessoas vão baixar a velocidade porque imaginam que vai haver uma blitz. Tem um estudo muito interessante feito com dois pardais (medidores de velocidade): no primeiro, os motoristas diminuíam a velocidade e, em seguida, aceleravam. Só que havia um segundo pardal 200 metros à frente. As multas estavam no segundo, pegaram todo mundo. Outro exemplo: na Noruega, inventaram uma estrada que multa sozinha. Você passa por um portal, o seu carro é fotografado e é feito um cálculo (do tempo mínimo para o percurso). Se você chegar em menos tempo, recebe a multa pelo correio.
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E aqui as pessoas seguem bebendo e dirigindo.
Em Estados e cidades onde as ações de fiscalização são sistemáticas e crescentes, tem havido uma redução. A sensação de que você está sendo observado e vigiado começa a fazer parte de você, e o inverso também é verdade. Por que eu estava caminhando às 23h em Washington (em uma viagem recente)? Tem algum risco, em qualquer cidade tem, mas é porque eu tinha uma sensação de segurança, e essa sensação não é desenvolvida por uma placa, tipo “pode caminhar aqui”, mas pela compreensão do meio. Se nossas multas de trânsito acontecessem na hora... Passei por um pardal, um policial me fez parar, pegou meu documento, imediatamente cobrou a multa, me tirou a carteira e fez o meu seguro do ano que vem ficar mais caro, garanto que no próximo pardal vou estar me cuidando. Essa é a sensação que se procura ter nas medidas de fiscalização e prevenção. Vamos falar sério: não é um momento no país em que essas coisas estejam em alta, a julgar pelos episódios recentes. É natural que as pessoas pensem assim: por que eu vou seguir regras se o impeachment valia ontem, depois não valia, depois valia de novo? Por que vou andar na linha se outros não andam? É uma espécie de inconsciente coletivo.
Quando você acompanhou algumas ações do Balada Segura, o que lhe chamou a atenção?
A arrogância, o desprezo pela figura do agente. Ele está representando a lei naquele momento, executando o que está escrito no Código de Trânsito Brasileiro. O mais chamativo é que essas ações do Balada Segura são feitas em um ambiente em que, por uma questão de segurança, a Brigada Militar está presente. Por motivos óbvios, porque sabe-se lá que carro você vai parar às 2h, a BM está com armamento. É desconfortável, mas é melhor que isso exista do que não. Isso não parece inibir as pessoas quanto às coisas que elas dizem para os agentes. Eles são muito treinados, eu também estava procurando examinar esse aspecto. Será que eles são deselegantes? Não, são realmente bem treinados. Se eu saio de uma festa, passo numa blitz, aí o cara me pede os documentos, que eu desça do carro e o acompanhe para soprar um bafômetro, não tem problema. Eu nunca bebo e dirijo. Quem se nega? Por que os direitos humanos devem ser invocados às 3h? "Estão invadindo a minha privacidade." Só um pouquinho, a via é pública. Eu estaria de acordo com isso se entrassem na minha casa para me bafometrizar.
Mas aqui os motoristas não são obrigados a soprar o bafômetro.
Por causa de uma distorção complexa do Pacto da Costa Rica, que é da Convenção Americana dos Direitos Humanos, de 1969. Ele tem a finalidade de preservar os direitos de uma pessoa sem discriminação e manutenção da sua vida, integridade, liberdade pessoal, conhecimento das informações, garantias judiciais, presunção de inocência, liberdade de expressão. São garantias internacionais. Mas isso fica transformado quando soprar o bafômetro mediante solicitação de uma autoridade é considerado invasão de privacidade. Como? Está na rua, em via pública, e com uma habilitação para dirigir concedida pelo Estado. É uma clara distorção que só serve para quem tem culpa. Essa é uma coisa sobre a qual a nossa cultura ainda está avançando. Essa brecha da lei deveria sofrer uma alteração do tipo "se você se negar, isso já é uma assunção de culpa".
Quem é atingido pelas campanhas de conscientização que recomendam não associar álcool e direção?
Campanha dá muita visibilidade, mas sozinha não leva a lugar nenhum. Vou dar o exemplo da minha tese de mestrado. Ao estudar quando começam a beber os adolescentes de Porto Alegre, em 1993, identifiquei que o primeiro consumo acontecia entre 10 e 13 anos. Mas o primeiro porre era mais tarde, entre 14 e 16. Onde colocar uma campanha em uma escola? Será que é antes das pessoas beberem, aos 11 ou 12 anos? Será que é depois dos 16, quando já beberam, e muitas delas acharam a coisa mais normal do mundo vomitar no namorado? Não, o lugar da campanha está entre quando as pessoas estão começando a beber e ainda não tomaram o primeiro porre. Campanha de trânsito, "não beba e dirija", a Austrália é campeã nisso. As campanhas são duríssimas, só que você vê a campanha na TV e sai na rua, às 14h de uma quarta-feira, em uma ruazinha lateral, e vão te bafometrizar. Eu vi isso acontecer, não estou inventando. Eles estão presentes.
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De vez em quando um episódio ganha destaque e é muito comentado. Um caso como o do atropelamento do casal no Parcão(o empresário Thiago Brentano assumiu ter ingerido bebida alcoólica e dirigia com a CNH suspensa), em abril, ensina alguma coisa?
Ensina muita coisa. Falo em tese, não conheço detalhes do processo. Ensina que a percepção de punição é baixa. Ter bebido e saído para dirigir ainda não é percebido como altamente punível. Parece que ainda vale mais a pena abandonar o local e apresentar-se já sóbrio a um delegado do que assumir a responsabilidade. O que é uma total perversão dos elementos básicos de relacionamento humano, uma distorção talvez causada pelo consumo de álcool. O que uma pessoa faz alcoolizada ou sob efeito de crack, ou mesmo na abstinência, é inacreditável. E aqui também não é comum dizer "deixa que eu dirijo, me dá a chave, quero que você chegue em casa são". Outra coisa, que a gente está vendo naquele caso do atropelador do Paraná que matou o filho da deputada Christiane Yared (Gilmar, 26 anos, foi uma das vítimas do acidente envolvendo o então deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, em 2009, caso ainda não julgado), é que, como em outras áreas do país, vale a pena atropelar e matar, ou roubar. A punição, se vier, vem atrasada, por uma série de chicanas jurídicas. Numa situação de atropelador alcoolizado, nos países onde isso está mais desenvolvido, ele seria preso. Não tem vírgula depois do que te falei. Preso. Talvez depois solto, depois de cumprir pena. Mas primeiro ele é preso. "Não houve flagrante", temos essas coisas da lei. Como seria um flagrante? Tem que ter uma delegacia de polícia ali esperando um acidente para ocorrer um flagrante? E outra coisa, aí tem a ver com as perícias: até a pessoa alcoolizada ser levada para um perito examiná-la, quantas horas se passaram? O álcool é eliminado a uma dose por hora. Se tomei 10 doses, é só esperar 10 horas.
Pode resultar algum ensinamento pedagogicamente positivo daquela ocorrência?
O pedagógico seria a prisão. O que a gente, como cidadão, sente numa hora dessas? Essa pessoa deveria estar presa. Isso que deveria nos ensinar. “Então realmente dá para eu confiar que alguém que faz uma coisa errada vai ser preso.” Essa é a sensação que a gente tem que buscar.
Voltando à adolescência: uma dúvida frequente dos pais é sobre a relação dos filhos com o álcool. Permitir só um golinho, proibir qualquer quantidade... O que você recomenda?
O cérebro humano só vai terminar de se desenvolver lá pelos 23, 25 anos. A zona que mais tarde amadurece é a responsável pela crítica, a mais sofisticada, que é a zona pré-frontal. Aos 16, 17 anos, essa zona ainda está menos desenvolvida em relação às zonas dos impulsos. A adolescência é uma hecatombe nuclear biológica. O adolescente está crescendo de um jeito todo desproporcional, não sabe onde botar as mãos, está particularmente preocupado com os seus pares. O etanol vai relaxá-lo. Adolescentes não bebem por paladar. Eles pensam: o que é mais barato e que vai me deixar relaxado mais rápido? Tequila? Cachaça? Vodca? O que vai me deixar mais adaptado ao meio, porque não estou à vontade nesse meio? Não podemos pensar só no álcool, mas também no álcool em relação à sexualidade, à exposição, a dizer coisas no Facebook que a pessoa não falaria sóbria. Junta tudo isso com pais atrapalhados. Nós, na faixa dos 50, 60 anos, que temos filhos com 15, 18 anos, nós somos fruto de uma geração que sofreu a ditadura, somos pós-ditadura, Constituição de 1988 hiperliberal. É mais difícil exercitar limites, que é o que os pais têm que fazer. Os pais delegam, é como se a escola tivesse que ensinar o que eu, pai ou mãe, não ensino em casa. Sei de pais que chegam a dizer para os seus filhos o seguinte: "Eu, com a idade de vocês, já tinha bebido e pegado todas as meninas da festa". Pensa nisso na cabeça de um menino de 14 anos, que confusão. O que é difícil para os pais? Dizer não, não pode, não deve, não é bom para ti. Isso vai dar uma trabalheira. Todos os estudos sérios nessa área, sem exceção, mostram que o que dá certo em programas preventivos é a postergação do início. Se você, que está formando o seu cérebro, começar a beber aos 13, é bem diferente do que se começar a beber aos 18 ou aos 20. Você tem mais neurônios desenvolvidos, e a sua capacidade de julgar o que vai fazer ou não muda muito nesses anos.
Que componente fundamental da dependência química a ciência ainda não desvendou?
A gente ainda não sabe muito bem o que faz com que, depois de expostas, algumas pessoas apresentem uma espécie de freio em relação a abuso, e outras, um acelerador. A resposta para isso é biológica, e é provável que no futuro se consiga identificar a genética dessas pessoas, quase como um selo individual: quem tem genética favorável a pisar no acelerador está mais propenso ao risco de desenvolver dependência quando estimulado. A parte seguinte é criar imunidade, o que as vacinas para alcoolismo tentariam fazer. Estamos muito longe disso ainda.
Você já usou drogas?
Muito poucas. Uso álcool, bebo vinho. Tenho orgulho de dizer que sou um ex-fumante de cigarro há 35 anos. E a minha experiência com substâncias foi muito incipiente. Na minha época de experimentação, a gente não tinha o "supermercado", a disponibilidade de substâncias atual. Experimentar não era tão comum. (Usei) maconha, outras drogas não. Ou eu não frequentava esses meios, ou não via. E quem não vê não usa, tem um pouco disso também. As coisas que apareciam na nossa frente eram bebida alcoólica – e estudantes bebem muito – e maconha. A parte que me chama a atenção é que nunca tomei um porre na vida. Não gostava. Essa sensação que pacientes me contam, chega a ser um problema, não tenho com que balizar isso no sentido de experiência própria, mas, pensando sobre isso, não preciso ter tido um episódio esquizofrênico para tratar esquizofrênicos. Tenho que entender o que o paciente está me dizendo. Não é comum um paciente intoxicado na minha sala de consulta. Socialmente, me constrange uma pessoa intoxicada. Acho feio, a pessoa intoxicada é muito chata. E acho que isso talvez tenha favorecido o não consumo. Famílias judaicas não abusam de álcool com frequência. O álcool faz parte da vida religiosa, das cerimônias sociais. Na minha casa, brindávamos no almoço de domingo, mas nunca vi familiares alcoolizados. Sempre vi como parte do meio cultural, "é bacana beber esse cálice porque hoje estamos celebrando alguma coisa". E isso é preventivo de abuso, é considerado consumo saudável. A gente tende a se juntar com gente parecida. A vida é muito curta, tem muita coisa para fazer. Gosto muito de viajar. Tenho muita coisa para fazer, pouco tempo. Não perderia tempo me recuperando de um porre.
Continua sendo enfaticamente contra a legalização da maconha?
Sim. Motivo simples: temos prioridades muito maiores no país. Parece ser lobby de grupos interessados em fumar sem culpa, e não um motivo econômico como alegam – os milhões de dólares gastos de forma errada com campanhas ou ações malfeitas. Mais: o fato de não haver estudo definitivo sobre o "não risco" não significa que ele não exista. Com a cocaína também se achava que não havia risco até o meio deste século. Agora se sabe. Como medicamento, a parte que interessa não é exatamente a maconha, e sim um de seus derivados, o canabidiol. Usar maconha para tratar enjoo de quimioterápico para câncer – existem medicamentos melhores – ou para abstinência de crack – sem comentários – é uma distorção. Quanto a uso recreativo, conheço recreações melhores, de sexo seguro a esportes, hobbies etc.
Você vem de uma mistura interessante: pai psiquiatra e psicanalista, mãe artista plástica. Como optou pela carreira?
A combinação desses dois elementos, na nossa casa, para mim e meu irmão, que é designer, foi muito interessante. Fomos expostos a coisas muito ricas. A convivência com o transtorno mental é parte das nossas vidas desde pequenos. Meu pai foi psiquiatra do Hospital São Pedro. Nas festas de Natal e fim de ano do hospital, as comunidades participavam, o que era uma coisa inovadora na época, e eu ia. Pelo lado da minha mãe, todas as questões relacionadas a arte e imagem – ela é pintora, desenhista e gravurista. A gente sempre conviveu muito com gente em casa, de tudo que é tribo. Ambos os meus pais gostam muito de música, livros. Esse enlace, tenho certeza de que forma um pouco da minha atividade profissional e também da do meu irmão. Eles são pessoas com uma mente muito aberta. Acho muito difícil tratar transtornos mentais só com tecnicismos. É parte da minha atividade profissional, com os meus pacientes, fazer ilustrações de coisas que são imagéticas, musicais, operísticas. As pessoas acham que o usuário de substâncias é muito limitado, tem pouco mundo interno. Não. Os pacientes são como livros, só temos que saber folheá-los. E livros têm histórias interessantes. Temos que saber lê-las.
Fiquei sabendo que você gosta muito de pescar.
Não tem como trabalhar nessa área se não tiver bons escapes. Uma pescaria em um lugar onde celular não pega, que não tem poste telefônico, civilização, passar o dia tentando capturar uma truta difícil... Nesse espírito, mesmo uma pescaria ruim, com poucos peixes, é muito boa. Te permite desligar. E esse contraste é importante. É comum dizer para os alunos: hoje é sexta-feira, saiam, namorem, vão ao cinema, desliguem, desconectem, não trabalhem. Encontrei isso pescando e fazendo bonsai. São coisas até bem parecidas: requerem bastante atenção, são difíceis, gosto de coisas difíceis, e são muito diferentes do que faço profissionalmente. Nas duas, tive bons mentores. Bonsai é um exercício de paciência e futurologia. Você sempre tem que antecipar se, ao cortar a árvore para cá ou para lá ou ao aramar o galho para cá ou para lá, o resultado vai ser na direção que você quer. E tem que aprender a se frustrar muito, porque às vezes quebra. Eu acho divertidíssimo.