O governo do Uruguai e as associações de farmácias do país chegaram a um acordo sobre as condições de venda da maconha nos estabelecimentos, prevista para começar no segundo semestre deste ano. O anúncio foi feito na sexta-feira pelo Instituto de Regulação e Controle de Cannabis (Ircca).
O órgão governamental explica em seu site que o entendimento garante "um marco de adesão para as farmácias que voluntariamente participem do mesmo" para comercializar esta substância, além de contemplar "aspectos do operacional de armazenamento do produto de maneira segura".
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De acordo com a agência Efe, uma próxima etapa do acordo vai tratar de questões como a gestão de pedidos e de entregas das unidades de produção aos pontos de venda, o controle de armazenamento e as condições de qualidade do produto. Duas empresas já estão autorizadas pelo governo uruguaio a produzir a cannabis recreativa. Estabelecimentos e usuários deverão fazer parte de um cadastro nacional para comercializar e comprar a maconha de forma legal.
A lei que legaliza a maconha no Uruguai, aprovada em 2014, prevê que, após um registro prévio junto ao Instituto de Regulação e Controle de Cannabis, o cidadão vai poder adquirir nas farmácias até 40 gramas mensais e 10 semanais. A expectativa é de que a maconha seja vendida a US$ 1.
Desde meados de 2014, a plantação doméstica da cannabis é permitida no Uruguai, assim como a existência de clubes canábicos – espécie de cooperativas para o cultivo coletivo de um grupo limitado de pessoas. Ambos os procedimentos também necessitam de registro junto ao governo.