Em função da repercussão que gerou a suspeita levantada por médicos argentinos, de que os crescentes casos de microcefalia no Brasil estariam associados ao uso do larvicida Pyriproxyfen na água potável, a Sumitomo Chemical, fabricante do produto, emitiu nota afirmando que a hipótese não tem "base científica".
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Médicos argentinos associam microcefalia a larvicida utilizado na água
Conforme a empresa, o larvicida é aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Conforme a nota, o produto não tem efeito mutagênico, não é genotóxico, não é carcinogênico nem teratogênico.
Confira a íntegra da nota emitida pela Sumimoto Chemical:
Em relação às notícias veiculadas nos últimos dias atribuindo o uso de Pyriproxyfen a casos de microcefalia no Brasil, a Sumitomo Chemical, fabricante do produto, esclarece que não há nenhuma base científica em tal afirmação. Pyriproxyfen é um produto aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em campanhas de saúde pública, como “inseticida-larvicida, controlando vetores de doenças, dentre os quais mosquitos Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus e mosca doméstica”.
O produto é registrado desde 2004 e o Governo brasileiro o vem utilizando como inseticida-larvicida no combate ao Aedes aegypti. Pyriproxyfen também é registrado para o combate do Aedes aegypti em países como Turquia, Arábia Saudita, Dinamarca, França, Grécia, Holanda, Espanha. Na América Latina, República Dominicana e Colômbia vêm utilizando o produto desde 2010.
Pyriproxyfen é aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para combate a mosquitos, dentre eles o Aedes Aegypti. Segundo a OMS, em seu documento Pyriproxyfen in Drinking-water, publicado em 2004 - também publicado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) em 2001 -, o Pyriproxyfen não é mutagênico, não é genotóxico, não é carcinogênico nem teratogênico. O produto foi submetido a rigorosos testes toxicológicos que não demonstraram efeitos sobre a reprodução, sobre o sistema nervoso central ou periférico.
A Sumitomo, ao longo de seus mais de 100 anos de história, tem pautado sua atuação pelo rigor científico e respeito ao meio ambiente e a saúde da população e reafirma a confiança na segurança de seus produtos.
No Rio Grande do Sul, o secretário estadual da saúde, João Gabbardo, suspendeu o uso do larvicida em reservatórios de água. O produto era utilizado principalmente em áreas do interior do Estado, onde o saneamento ainda é precário. Em nota, o Ministério da Saúde informou que o produto recomendado pelo governo brasileiro no combate ao Aedes aegypti em reservatórios é aprovado pela OMS e passa por "rigoroso processo de avaliação" da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (WHOPES).