Fernanda da Costa
Enquanto o problema da poluição em Santa Catarina atinge praias famosas, no Rio Grande do Sul a contaminação prejudica locais mais populares para os refrescos: balneários de água doce. A cada quatro pontos analisados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) em rios do Rio Grande do Sul, pelo menos um é classificado como impróprio para banho.
Conforme o último relatório de balneabilidade do órgão, foram apontados 11 locais cuja contaminação impede o mergulho, entre 41 pontos de coleta. Isso representa 27% das praias de água doce, balneários e campings monitorados pela fundação. O percentual aproxima os rios gaúchos da poluição do litoral catarinese, onde 35% dos pontos de coleta foram classificados como impróprios.
Confira a lista de praias com balneabilidade avaliada pelo governo catarinense
No entanto, os vizinhos analisam mais do que o dobro de balneários. No Rio Grande do Sul, a Fepam monitora ao todo 83 pontos, somando as análises de água doce e salgada. Em Santa Catarina, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) analisa 211 pontos no litoral.
Em solo gaúcho, a contaminação impede o contato com a água em pontos de oito arroios, rios ou lagoas (veja o mapa abaixo). A maioria deles na região hidrográfica do Guaíba, que compreende o Lago Guaíba, com três pontos impróprios para mergulho, e o Rio Jacuí, com dois. Conforme o diretor técnico da Fepam, Rafael Volquid, os locais mais contaminados são as praias da Alegria e da Florida, ambas em Guaíba.
– A solução para isso é o tratamento do esgoto. É preciso também ter uma rede de coleta eficiente. Não adianta ter o tratamento se o esgoto não chega a ele, as pessoas têm de fazer as ligações – afirma o diretor.
Segundo ele, o Rio Grande do Sul trata em média apenas 15% de seu esgoto, sendo que alguns municípios nem têm o sistema.
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