O Fleety irá estrear em Florianópolis no dia 10 de novembro com a proposta de viabilizar locações de carros entre usuários privados. O objetivo da plataforma é unir o interesse de quem quer gerar renda sobre um carro que fica muito tempo parado e quem quer alugar um veículo diferenciado, por um preço justo e às vezes apenas por algumas horas. Mas é natural que o serviço crie dúvidas sobre a segurança e de como funcionam as cobranças de eventuais problemas.
Em entrevista a reportagem do Diário Catarinense, André Marim, um dos desenvolvedores do Fleety, responde às dúvidas mais frequentes sobre o serviço de aluguel de carros colaborativo.
O preço é sempre definido pelo proprietário?
Quem coloca seu carro no sistema define os valores que quiser. Nosso papel é assessorar e orientar para ajudar a definir um valor bom para o mercado que potencialize locações. Mas a decisão final é do proprietário.
O sistema é seguro para quem coloca seu carro para alugar?
O Fleety tem o diferencial que toda a locação é segurada pelo Fleety. Temo uma parceria que assegura 100% do casco, seguro para terceiros, para passageiros, assistência 24 horas caso tenha algum problema, temo o serviço. Mas para que ele seja válido o proprietário do veículo também deve ter seguro. Porém, é importante destacar que o seguro particular não é acionado em momento algum, ele é apenas uma garantia para nossa seguradora de que aquele carros foi vistoriado e está em condições de uso.
Mas as pessoas não podem mentir e enganar o sistema?
Nossa plataforma é integrada ao Detran. Tudo garante que o carro não tem pendência judiciais. Mas quanto ao seguro, confiamos no proprietário do carro quando ele diz que tem o seguro, porque se ele mentir ele terá que arcar com os custos da locação. Ele assume a responsabilidade de que a informação sobre o seguro for falsa, ele não terá o carro coberto, e se isso ocorre o prejuízo é dele. Então, ele não tem interesse em burlar os sistema.
Mas se houve um problema mecânico durante a locação, como se resolve?
Se for comprovado que o problema mecânico foi em função de um evento durante o período de locação, o locatário é responsável pelo veículo. Podendo acionar o segura da Fleety ou não. Porém se houve um problema que é reflexo de uma falta de manutenção, esse valor é repassado ao proprietário. Depende de cada circunstância. Mas o serviço de guincho e assistência é gratuito, não tem custo para proprietário ou locatário.
Há possibilidade de avaliar o carro?
A gente também incentiva que as partes conversem e deem uma avaliação, boa ou ruim, conforme a experiência de locação. É uma credibilidade espontânea tem enorme peso de decisão para os usuários. Carros mal avaliados não são alugados.
Quais são as restrições para os usuários?
O ano de fabricação dos carros, somente carros com menos de 10 anos são aceitos. O carro também não pode ter mudanças estruturais de chassi. Do ponto de vista do motorista existe as restrições normais sobre as categorias de CNH. Carros quem pedem categoria C, não podem ser guiados sem essa habilitação.
Como fica a questão da multas? Quem paga?
Se não ocorre um acordo amistoso entre as partes sobre uma multa que chegou depois referente um período locação, nós damos a assistência para a negociação e podemos avançar judicialmente também, se necessário.
Como fica a declaração dessa renda para o Imposto de Renda?
A renda deve ser tributada sim. Nós mandamos um informe de rendimentos para os usuários com um resumo anual: número de locações e receita.
O Fleety pretende abrir o serviço também para motos?
Ainda não. Mas é uma ideia em estudo.
E outras cidades? Quando e quais?
Estamos em três praças, Curitiba, Florianópolis e São Paulo, que totalizam 58 municípios. Há intenções sim de ampliar para outras regiões, mas são estratégicas para a empresa.