De cara, percebe-se que a "praticidade alimentar" tem um preço - e é bem salgado. De acordo com levantamento feito pela reportagem em duas redes de supermercados de Porto Alegre, o preço de peças inteiras de carne e de frutas e verduras picados, se comparado à versão in natura, pode ficar entre 20% e 600% mais caro. O quilo de uma cenoura inteira, por exemplo, custa R$3,98, a mesma porção do alimento em versão ralada chega a R$ 24,90.
- Esse foi um ano de reajustes, e isso teve consequência direta no preço dos alimentos. Tentando vender a praticidade, os supermercados agregam valor a produtos que já estão inflacionados. Por isso, o consumidor não deve cair nessa armadilha, sob pena de desequilíbrio orçamentário - aponta o professor de Economia da PUCRS Alfredo Meneghetti.
<BR.SEGUNDO Meneghetti, alimentação representa 30% 35% do orçamento doméstico e, neste momento de crise, a família não deve gastar além disso. A planejadora financeira Myrian Lund, professora dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas, acredita que esta tendência veio para ficar:
- Esses produtos refletem uma mudança de hábito. O tempo passou a ser uma questão muito importante na vida das famílias. No domingo, os pais preferem passear com os filhos do que passar o dia na cozinha preparando as refeições da semana.
Myrian diz que o preço dos produtos picados tende a diminuir, porque a moda da praticidade na cozinha vai se consolidar cada vez mais.
O preço da praticidade: qual o custo de optar por alimentos picados
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Com casca ou sem casca?
O preço da praticidade no bolso
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Felipe Martini
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