Mulheres grávidas com problemas cardíacos correm um risco cem vezes maior de virem a falecer e o risco para seus filhos é multiplicado por 10, segundo números divulgados nesta semana, durante um congresso médico em Paris, na França.
Com base na análise de dados de 1,3 mil mulheres, reunidos desde 2008 em 28 países europeus, cientistas relataram a ocorrência de 13 mortes maternas, entre as doentes. Em mulheres saudáveis, a taxa média de mortalidade materna na Europa é de uma em dez mil.
Das mulheres pesquisadas, 869 tinham doença cardíaca congênita, 333 eram pacientes cardiovasculares, 79 tinham cardiomiopatia e 24 sofriam de cardiopatia isquêmica. A cardiomiopatia faz com que o músculo cardíaco fique mais grosso e rígido do que o normal, enquanto a cardiopatia isquêmica se caracteriza pelo reduzido fluxo sanguíneo para o coração.
No estudo foram constatados 59 casos de mortes fetais, cerca de dez vezes a taxa normal de mortalidade para países europeus. Dados sobre o vínculo entre a doença cardíaca e a mortalidade materna são escassos e exames clínicos aleatórios não são possíveis, explicou o especialista Jolien Roos-Hesselink.
- A única forma de implementar nosso conhecimento sobre os fatores que determinam os efeitos das doenças cardíacas em mulheres grávidas é reunir dados de um grande número de gestações e tentar encontrar padrões de resultados que se correlacionem com estratégias de gestão - afirmou Ross-Hesselink.
Ele disse que os números fazem parte de uma análise provisória e que mais dados são necessários para uma melhor compreensão de quais tipos de doença cardíaca representam maiores riscos e qual tratamento pode ser o mais eficaz.
Notícia
Cardiopatia aumenta em cem vezes risco de morte materna
Estudo revelou também que risco para filhos é multiplicado por 10 nesses casos
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