Se a morte de um filho é marcante, a perda provocada por um assassinato gera ainda mais revolta. Mesmo que já tenham se passado 26 anos do crime que tirou a vida de Daniella Perez, sua mãe, a diretora de novelas Gloria Perez, é incapaz de esquecer.
Nesta sexta-feira (28), Gloria fez um relato no Facebook destacando a importância da lei que passou a considerar homicídio qualificado como crime hediondo.
"Quanto mais o tempo passa, mais dói esse dia! Fica a impunidade dos assassinos. Fica a primeira emenda popular da História do Brasil, a lei que introduziu o homicídio qualificado entre os crimes hediondos, através da campanha que, passando de mão em mão, reuniu em três meses apenas, numa época sem internet e sem apoio de nenhum grande órgão da imprensa, o número de assinaturas exigidas pela constituição para fazer passar uma lei proposta pelo povo. A aprovação pelo Senado correu riscos, com senadores bem conhecidos se esgueirando para evitar que tivéssemos quórum. Interveio o presidente da casa, Humberto Lucena, que, diante da ameaça, lançou mão do recurso de urgência urgentíssima e fez passar o projeto", escreveu Gloria.
Na noite do dia 28 de dezembro de 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez foi morta pelo ator Guilherme Pádua, com quem contracenava na novela De Corpo e Alma. O crime teve auxílio da então esposa do ator, Paula Thomáz.
Guilherme confessou o crime e foi condenado a 19 anos de cadeia. Paula Thomaz, namorada do ator na época, com 19 anos, também foi condenada, por coautoria no crime, a 18 anos e seis meses de prisão.
Depois de cumprir seis anos de pena em regime fechado, Guilherme deixou a prisão e recomeçou a vida. Casou-se novamente, mas se separou depois de oito anos. Também entrou para a igreja Batista, onde passou a pregar. No início deste ano, o ator casou-se pela terceira vez com a a estudante de Moda Juliana Lacerda.