O advogado Wilson Mirza Abraham, um dos decanos da advocacia criminal brasileira, morreu nesta terça-feira (27), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Com mais de 50 anos de carreira, o jurista defendeu presos e perseguidos políticos pela ditadura militar de 1964, entre eles, o ex-presidente João Goulart, o antropólogo Darcy Ribeiro e o ex-governador Leonel Brizola.
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) emitiu nota em que manifesta profundo pesar pela morte de Mirza. O advogado criminalista ingressou no IAB em 1976 e foi membro da Comissão de Direito Penal do instituto.
Graduado pela antiga Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o jurista especializou-se em direito penal econômico e empresarial e atuou, nos últimos anos, como consultor do escritório Mirza & Malan Advogados, com sedes no Rio de Janeiro e em Brasília.
Wilson Mirza fez parte da Turma do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) responsável pelo julgamento de infrações ético-disciplinares. O advogado foi agraciado com o Colar do Mérito Judiciário pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).