O diretor japonês Isao Takahata, um dos mestres da animação contemporânea, morreu nesta quinta-feira (5), aos 82 anos, em um hospital de Tóquio, de acordo com fontes próximas ao diretor, citadas pela rede de televisão NHK. O anúncio oficial foi feito pelo Studio Ghibli nesta sexta (6).
– [Sua morte] é certa, mas não podemos comentar nada mais, já que estamos tentando confirmar algumas precisões sobre este tema – disse à AFP uma porta-voz do estúdio.
Diretor comprometido, Takahata fundou em 1985 o estúdio japonês de animação Ghibli, juntamente com Hayao Miyazaki, seu discípulo, parceiro e, em algumas ocasiões, rival.
Com produção menor que a de Miyazaki, Takahata tornou-se conhecido pelo longa-metragem Túmulo dos Vaga-lumes, de 1988, uma comovente história de dois órfãos durante a guerra, que muitos consideram seu melhor trabalho.
Seu trabalho mais recente foi O Conto da Princesa Kaguya, releitura de um clássico do repertório japonês que lhe rendeu uma indicação à categoria de Melhor Filme de animação no Oscar de 2015.
Takahata também atuou como ativista político, assinando com outras 250 personalidades do cinema uma petição contra uma controvertida lei sobre segredos de Estado, em 2013.