Sem contrato há oito anos com a Globo, o ex-ator de Malhação, Maxwell Nascimento, 28 anos, agora vende pastel nas ruas de Santos, litoral de São Paulo, para viver. A história do ator que alcançou o sucesso e voltou para o anonimato foi contada no programa Domingo Show, da Record, no último domingo.
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Entre 2008 e 2009, Maxwell atuou na 15ª temporada de Malhação como Pedro Firmino, um rapaz da periferia que conseguiu uma bolsa de estudo em um colégio particular e acabou se apaixonando pela patricinha Débora, vivida pela atriz Nathalia Dill.
A oportunidade surgiu depois de ser protagonista no filme Querô, de 2007, papel que lhe rendeu prêmios nacionais. Após um ano e três meses em Malhação, tudo o que Maxwell conseguiu de lá para cá foram pequenas participações em filmes e programas na TV por assinatura. Nunca mais assinou um contrato.
Com a morte da mãe em dezembro de 2016, teve de assumir uma função que é patrimônio da família: vender pastel no Centro de Santos com o carrinho comprado pelo pai há 25 anos. Há quem reconheça o antigo galã da novela adolescente, fazendo com que Maxwell, que sonha em retornar às telas, sinta ainda mais nostalgia.
– Não tenho vergonha de fazer isso porque fui criado com isso. Mas por que não estou na televisão? Por que não me dão oportunidade para mostrar meu talento, o dom que Deus me deu? – questiona-se.
A resposta, talvez, ele mesmo tenha. Tinha cerca de 20 anos quanto trabalhou na Globo, e hoje, ao olhar para trás, vê que não era maduro o suficiente para envolver-se com a profissão.
– Não tinha responsabilidade. Recém tinha saído da saia da minha mãe. Hoje seria diferente.
À noite, depois de encerrar as vendas de pastel, Maxwell tira uma grana extra como manobrista – tudo para sustentar a esposa, com quem vive há 13 anos, e as duas filhas, uma menina de oito e outra de cinco.
No Domingo Show, ele pediu por oportunidades na dramaturgia e recebeu apoio dos atores Sérgio Loroza, Sidney Sampaio, Sílvia Salgado e Zé Carlos Machado, que contracenaram com ele em Malhação.