Um clichê é um clichê por uma razão, e é um tanto quanto difícil fugir do lugar comum quando se fala sobre ser e se tornar pai. Não há quem não tenha lido ou ouvido que a vida inteira muda. Que a percepção sobre as coisas muda. No entanto, algo que as frases prontas não preveem e nem todo mundo imagina é o quanto a percepção que temos sobre os nossos pais – agora também avós – se transforma.
Para começo de conversa, dei-me conta de que todas aquelas brigas e discussões na adolescência foram travadas com alguém que passou uns quantos anos trocando minhas fraldas sujas. Além do mais, todas as brincadeiras e piadinhas “bobas” do meu pai que me fizeram passar vergonha agora soam mais fofas, como uma tentativa de conexão, algo que eu já sei que farei bem pior. Você não sabe o que te espera, filho!
Como bem já disse Renato Russo, culpar seus pais por tudo é um absurdo, uma vez que são crianças como você, não é mesmo? Virei pai aos 24 anos, quando nasceu o Fernando. Meu pai me teve aos 28. Hoje tenho completa certeza de que não existe um ser humano que tenha a vida totalmente configurada a essa idade e que ainda não dependa substancialmente de seus pais. Ou seja: não esqueçamos que os pais também são filhos.
No Dia dos Pais, esse papel duplo se destaca, uma vez que, ao mesmo tempo em que quebramos a cabeça para pensar em um presente legal para nossos pais, ficamos na expectativa de sermos lembrados por nossos pequenos. Fica aqui a dica, filho: perfumes são sempre uma boa pedida, ainda mais aqueles com fragrâncias marcantes e duradouras, como o Malbec ou o Zaad, de O Boticário, por exemplo. Essas duas são apenas um exemplo, O Boticário está com promoções em diversas linhas masculinas que prometem agradar todos os tipos de pai. Dia 12 está aí!
A verdade é que, quando ocupamos apenas o papel de filhos, vemos nossos progenitores como seres superiores responsáveis por todas as decepções da vida e que estarão sempre lá pra lhe tirar de qualquer enrascada e responder todas as pergunta. No entanto, quando nasce nosso pequeno rebento nos damos conta de que não somos aqueles super-heróis que imaginávamos que seriam os pais. Ainda somos como crianças, que nada ou pouco sabem sobre como sustentar aquela vida que agora depende de nós.
Pais aprendem a serem pais lado a lado dos filhos, com cada um ensinando para o outro, à sua maneira, o que deve ser feito, compartilhando incertezas e medos, mas também as pequenas conquistas do dia a dia. Por isso, a fralda nem sempre fica bem justinha, ou ele vai pra creche de pijama e o cabelo fica desarrumado. Porque ser pai não é acertar sempre, mas nunca deixar de tentar. Isso explica por que quando a criança aprende a falar, caminhar e tem outras evoluções nos sentimos tão orgulhosos: é uma vitória conjunta, dela e sua. Ser pai pode parecer a coisa mais difícil do mundo, mas vale cada tentativa.
NOTA: ainda não cheguei naquela parte de sentir o pavor instaurado que meu pai demonstrava quando eu chegava tarde em casa e não avisava. Mas sei que esse dia vai chegar e, espero, que o Fernando não siga meu exemplo e, pelo menos, mande uma mensagem no WhatsApp quando ele for virar a noite.