Qualquer que seja o resultado da audiência que ocorrerá na Corte Arbitral do Esporte, mais alta instância da justiça esportiva mundial, o Inter já será um vencedor. Explico: tudo o que o Inter pretendia era que o STJD analisasse o caso e o julgasse. O tribunal, inexplicavelmente, negou-se a levar o caso a julgamento. O Inter foi em frente e está vendo a sua postulação atendida por um tribunal equidistante dos fatos, portanto, neutro. Já é uma vitória.
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Manobras suspeitas
Enquanto o assunto Victor Ramos não havia saído do Brasil, A CBF, STJD e Vitória não pouparam expedientes para encurralar o Inter. Até de falsificador de documentos acusaram o Inter. Neste momento, a corte suíça está propondo que a data do julgamento seja dia 25 de março. O Inter gostaria de antecipar, mas a CBF e o Vitória manobram para que a data do julgamento seja em maio, depois de iniciado o campeonato da Série B. Ousaram, inclusive, discutir a competência daquele tribunal, uma extravagância. Por que, então, protelar o julgamento?
CBF, STJD e Vitória querem que o assunto seja decidido depois de iniciada a Série B porque seria complicado, se fosse o caso, incluir o Inter na Série A caso o clube gaúcho fosse beneficiado por uma decisão favorável da CAS. Mas se a CBF, o STJD e o Vitória estão certos de que não erraram no processo, que diferença faz que o julgamento seja agora, dentro de dois meses ou até um ano? A resposta parece simples: o trio não está seguro que possa sair vencedor desta contenda. O medo de perder tira a vontade de julgar.