Passei parte do domingo deletando e-mails de torcedores gremistas inconformados com o valor obtido pelo Grêmio com a venda de Walace. Lamentavam, sim, a saída de um titular importante, mas não aceitavam ficar sem o bom volante e o Grêmio colocar nos seus cofres apenas R$ 20 milhões. Na verdade, foram iludidos por números irreais anunciados pela direção do clube.
Esqueceram, todos, que o valor do jogador quem estabelece não é o clube proprietário mas, sim, o mercado. Fora disso, fixar valores astronômicos é jogar para a torcida.
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A venda de Walace foi surpreendente já que Geromel e Luan eram os nomes mais em evidência para possíveis transações, mas já estava programada pelo Grêmio. A prova desta afirmação foi a aquisição do volante Michel. Quando fez este negócio os dirigentes gremistas já pensavam na saída do jogador.
Necessidade
O orçamento do Grêmio para esta temporada prevê receita de R$ 60 milhões com vendas de jogadores. Entraram R$ 20 milhões com a venda de Walace. Faltam, ainda, R$ 40 milhões.
O Grêmio trouxe para 2017 débitos trabalhistas de 2016. Não lhe era possível recusar uma oferta, embora de valores médios, por Walace.
*ZHESPORTES