Como colorado, sempre vou acreditar na possibilidade de ver o Inter vencer. Por mais que os cenários acabem indicando o contrário, o torcedor tem esse direito pois ele é o pilar de sustentação do clube em vários pontos. Afinal, quem vai acreditar por ele? Em paralelo à paixão e à magia do futebol, está a lógica. Se analisarmos friamente o desempenho do Inter em campo, precisamos lidar com a realidade de que o sucesso está distante.
Atualmente, o Inter não convence ninguém. O time é burocrático até quando vence. Falta qualidade nas atuações e isso pode ser levado no banho-maria enquanto as competições não afunilam, mas logo ali na frente, seguindo neste ritmo, o nível atual da equipe não será suficiente para sonhar grande e disputar os campeonatos contra os principais rivais.
Pela paixão, acredito na força do Beira-Rio e no espírito guerreiro dos vários ídolos que vestiram o manto colorado. E, de fato, esse tipo de coisa inexplicável do futebol é capaz de vencer jogos. Agora, campeonatos são conquistados com qualidade, empenho, intensidade e mentalidade forte.
Não quero entrar no mérito dos reforços que faltam. Concordo que a direção está devendo muito no quesito contratações. Porém, o ponto a ser debatido é: esse elenco atual pode jogar mais?
Mesmo que faltem atletas a nível de titularidade, o Inter joga pouco comparado a ele mesmo. O time acumula atuações ruins. O nível é baixo a título de competitividade. Isso fica evidente em insucessos contra times como Caxias e CSA. A agonia aumenta quando tentam maquiar esse cenário com números duvidosos – tipo o período sem derrotas dentro do Beira-Rio que é acompanhado de eliminações traumáticas no Gauchão e na Sul-Americana.
A desorganização nas quatro linhas está evidente há bastante tempo na temporada. Por qual motivo Mano Menezes não consegue tirar o mínimo desses jogadores? O Inter não é capaz de empolgar ou iludir seu torcedor. Mano traz sempre respostas superficiais e que não revelam nada à imprensa ou à torcida. É preciso fazer o time jogar mais. Esse filme eu já vi.