Após a eliminação precoce na Copa do Mundo Feminina, a próxima grande competição no horizonte da Seleção é a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris. Apesar do calendário apontar que resta quase um ano para a abertura, este período poderá ser curto em termos práticos de preparação. A decisão pela permanência ou não da técnica Pia Sundhage precisará levar em conta este cenário.
Ainda neste ano, o calendário da Fifa prevê período disponível para amistosos em setembro, outubro e novembro. No entanto, até o momento, não houve sinalização por parte da CBF se já há algum compromisso definido. A treinadora sueca tem contrato até agosto do próximo ano.
Ao longo deste ciclo, o Brasil teve dificuldades para encontrar adversários. A falta de um calendário estruturado foi algo cobrado por Pia em sua chegada. A técnica, por sua relevância no meio, teve influência para resolver o problema algumas vezes.
Para 2024, já uma competição confirmada: a Copa Ouro Feminina, em uma parceria entre Conmebol e Concacaf. Com sede nos Estados Unidos, o torneio será realizado de 17 de fevereiro até 10 de março. O Brasil tem presença confirmada na fase de grupos, assim como Colômbia, Argentina e Paraguai. Pela fórmula de disputa, serão seis jogos até o título.
Na sequência, até o início dos Jogos Olímpicos, serão mais três janelas para amistosos, com até duas partidas para cada período.
Mais do que o número de jogos que estará à disposição, é preciso destacar o pouco tempo em que os profissionais estarão com as atletas, definindo e impondo suas estratégias de jogo. Na melhor das hipóteses, serão de quatro até sete janelas para que haja a reunião do grupo.
Com um desempenho extremamente abaixo do que se esperava, os Jogos Olímpicos terão um peso ainda maior em termos de desempenho e resultado para o Brasil. Para que 2024 seja melhor do que 2023, há a necessidade de que a CBF tome posições, especialmente de planejamento. O que está ligado diretamente à tomada de decisão sobre a comissão técnica, que deverá ocorrer nos próximos dias.