Comemorar um ponto contra o Bahia desfalcado não é digno de sair cedo para buscar a melhor picanha do açougue e colocar na brasa no domingão. Mas um bom café da manhã, com direito a suco de laranjas frescas, pão quentinho e geléia, temos o direito de servir após uma boa noite de sono, sem o pesadelo de uma nova derrota.
O primeiro tempo não foi bom. O gol perdido por Valencia, depois dos 40, foi a única finalização de um time que já perdia o jogo. E perdia por erros individuais. Erro do Bustos, que fez falta boba perto da área e erro do Robert Renan, que deixou David Duarte, o jogador mais alto do Bahia, livre perto da pequena área.
Não houve pressão. A estrutura montada por Roger Machado foi bem defensivamente. O Inter não sofreu, mas também não fez sofrer. Muito por falta de atitude e força.
O segundo tempo começou diferente. Sobrou dedicação, mas faltou pontaria. Valencia criou novamente, mas errou igual. Gabriel Carvalho cresceu no jogo. Chutou, deu passes, mas cansou e precisou sair. Entrou o personagem do jogo: Gustavo Prado. Entrou errando.
Tentou, errou de novo. Mas teve personalidade. E teve força para driblar e chutar de fora da área. O resultado foi um rebote nos pés de Borré, que colocou na rede. E, no fim das contas, poderíamos ter vencido.
Houve evolução tática. Roger esteve inquieto. Mexeu no que não estava funcionado e os jogadores que entraram deram resposta. Voltar para casa sem o peso da derrota é importante em um ambiente tenso e de cobranças. Ajuda a melhorar a confiança dos jogadores.
Ainda é muito pouco. Mas olhar e ver que minimamente houve evolução me deixa tranquilo o suficiente para dormir tranquilo. E se não vai ter picanha para comemorar, um bom café da manhã vou me permitir.