Enquanto era só no grupo de Whats, era mais fácil de administrar. Bastava respirar fundo e fazer de conta que não leu. Esse ano, porém, as famílias voltarão a se reunir no Natal. É muito bom, sem dúvida. Mas existe um perigo: se aquelas opiniões todas sobre política e vacina (expressas com tanta convicção em mensagens e nas redes sociais) virarem assunto no modo presencial, há grandes chances de a ceia não acabar bem.
Chegou a hora de nos reencontrarmos. Entre amigos e familiares, não deveria haver assuntos proibidos. Sou o primeiro a opinar que, quando falar sobre política se transforma em algo perigoso e inconveniente, estamos todos com um problema. Mas quem sabe nessa noite, apenas nessa noite, a gente possa focar nas convergências, no afeto, nas boas lembranças e no futuro?
O Natal carrega uma mensagem universal de união, carinho e esperança. E, mesmo não sendo cristão, arrisco afirmar que o aniversariante agradeceria se todos voltassem para suas casas em paz e com amor no coração. Isso é mais importante que todo o resto.