Um diplomata aposentado gaúcho doou sua coleção de 27 peças antigas, avaliadas em R$ 1 milhão, ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro. As obras de mármore, vidro, cerâmica, terracota e metal contemplam mais de mil anos da história greco-romana.
Fernando Cacciatori de Garcia, 77 anos, nasceu em Porto Alegre, onde mora hoje novamente, depois de se mudar, ainda criança, para o Rio de Janeiro e de ocupar posições nas representações brasileiras na Alemanha, Inglaterra, Índia, Argentina, Tailândia e Venezuela.
Fernando vem de uma família ligada à cultura. Seu pai, Hamilcar de Garcia, transitiva entre as figuras de ponta da Livraria do Globo. Foi lá que Fernando descobriu Os Doze Trabalhos de Hércules e o Minotauro, de Monteiro Lobato, embriões do seu interesse pela antiguidade clássica. Estava acompanhado pela tia Olga Reverbel quando comprou a primeira peça da coleção, em Paris. Solteiro e sem filhos, decidiu doar o seu acervo ao Museu Nacional para que ele se mantivesse completo. Foi também uma forma de ajudar a instituição a se reerguer depois do incêndio de 2018.