O acordo entre o Cpers e o governo do Estado sobre mudanças no plano de carreira da categoria gerou reações entre professores. Ex-presidente do sindicato e integrante do comando de greve, Rejane Oliveira não escondeu a sua indignação.
"Dar acordo é dar aval ao Governo Leite! É se pôr de joelhos", opinou. A indignação se traduz em contundência: "Em qual Assembleia Geral a Direção do Cpers foi autorizada pela categoria a se reunir com a base governista para negociar emendas?", observou um professor. "Quem negociou???? Quem nos traiu?????", questionou outra integrante da categoria.
Grupos de oposição interna no Cpers, que convergiram na greve, anunciaram ruptura: "A direção não nos representa mais", disse Rejane. Uma reunião realizada no final da manhã de ontem, da qual participaram integrantes de movimentos diferentes, deliberou pela convocação de uma assembleia, mesmo sem o aval da direção do sindicato. Haveria, de acordo com eles, suporte regimental para realizar o encontro.
Rejane entende que o acordo entre a direção do Cpers e o Piratini "salvou o governo", já que o MDB estava dividido e, com isso, poderiam faltar votos para a aprovar as mudanças na carreira. A tese de desfiliação chegou a ser ventilada, mas Rejane não concorda. "O sindicato é uma coisa, a direção é outra", explicou.