Tulio Milman

Tulio Milman

Consultor, formado em Jornalismo pela PUCRS e com especializações em Marketing pela ESPM, Recursos Humanos pela EAE (Espanha) e Storytelling por Stanford (EUA). Visitante convidado pela Wharton School em 2017 (Pensilvânia, EUA). Escreve semanalmente em ZH e GZH.

Brasília

Só Cid Gomes teve passagem mais rápida do que Vélez Rodríguez pelo Ministério da Educação 

De lados opostos no campo ideológico, os ex-ministros de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro colecionaram polêmicas 

Cadu Caldas

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Eduardo Bolsonaro / Divulgação
Vélez Rodríguez: três meses turbulentos

A passagem turbulenta e fugaz de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação só não foi mais curta que a de Cid Gomes no comando da pasta. O irmão de Ciro Gomes ficou apenas 76 dias no cargo. O filósofo apadrinhado por Olavo de Carvalho, 98.

De lados opostos no campo ideológico, os ex-ministros de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro colecionaram polêmicas em Brasília. 

 Vélez Rodríguez defendeu a gravação de crianças cantando o hino nas escolas e chegou a propor a revisão de livros didáticos em relação a 1964.  

Já Cid Gomes, em menos de três meses, entre janeiro e março de 2015, anunciou cortes no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), justificando que não iria "botar gente em qualquer faculdade". Propôs também a aplicação de Enem online e acabou demitido ao chamar deputados de "achacadores" no plenário do Congresso.

Gustavo Lima
Cid Gomes: briga com deputados levou à demissão

O vácuo com a saída de Cid Gomes foi sentido à época. No ano seguinte, a pasta chegou a ter três ministros diferentes: Luiz Cláudio Costa (interino), Renato Janine Ribeiro e Aloizio Mercadante.

A conferir se a despedida de Vélez Rodríguez será sentida da mesma maneira ou se a chegada de Abraham Weintraub acalmará os ânimos.

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