O governo da Alemanha aprovou na quarta-feira uma mudança na legislação que facilita a entrada de trabalhadores sem formação acadêmica no país. Resposta à pressão de empresários para preencher a falta de trabalhadores de qualificação média no país, o projeto deve passar agora pelo parlamento e entrar em vigor em 2020.
O partido da chanceler Angela Merkel tem maioria na Bundestag. A Alemanha registra hoje um recorde de 1,2 milhão de vagas de emprego em quase todos os setores.
As novas regras permitem que profissionais de fora da União Europeia com qualificações comprovadas permaneçam na Alemanha em busca de emprego por um período de até seis meses.
Apenas duas condições são impostas: os trabalhadores precisam ter meios para financiar sua estada durante esse período e conhecimento suficientes de alemão.
A regra anterior previa que apenas acadêmicos, como médicos, engenheiros, profissionais de TI e acadêmicos pudessem se candidatar a vagas no país.
Com a mudança, profissionais alemães deixarão de ter prioridade em relação a estrangeiros. Hoje uma empresa precisa comprovar que vagas existentes não podem ser preenchidas por nativos e só depois, um estrangeiro de fora da UE pode ser contratado.