Distensionou o clima entre a Fraport e os empreendedores do Boulevard Laçador. Nada como uma boa conversa, olho no olho. Foram duas, nessa semana. O acordo ainda não saiu, mas está sendo costurado.
A empresa alemã que administra o Salgado Filho queria triplicar o aluguel da área onde existe uma praça, um avião restaurado da Varig e os galpões abandonados daquela que foi uma das maiores empresas de aviação do mundo. O reajuste inviabilizaria a operação dos espaços.
A Fraport, que não tem gaúchos na sua linha de frente da diretoria em Porto Alegre, está demorando para aprender noções básicas da cultura local. Cria atritos desnecessários, talvez pela infundada sensação de que enfrenta um ambiente hostil. Objetividade e foco não são incompatíveis com a construção de um relacionamento próximo com a cidade.
A chegada de Fraport a Porto Alegre é motivo de esperança e de celebração. Trata-se de uma empresa que, na Alemanha, adota uma postura bem diferente da assumida no Rio Grande do Sul. Porto Alegre tem sim as suas peculiaridades nada fáceis, mas não é uma terra de ninguém. Tomara que a Fraport aprenda logo.