O presidente Michel Temer está decidido a nomear um civil para o Ministério da Defesa. Enfrenta resistência aberta nas Forças Armadas, setor com o qual vinha mantendo ótimas relações desde a tramitação do impeachment de Dilma Rousseff.
A nomeação do ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, deu-se no contexto das negociações para a intervenção militar na segurança do Rio de Janeiro.
A forte reação ao aumento do espaço das Forças Armadas no governo levou Temer a reavaliar a questão.
Criado por Fernando Henrique Cardoso em 1999, o Ministério da Defesa tem como uma de suas principais atribuições fazer a ligação harmônica entre o poder civil e a Marinha, o Exército e a Aeronáutica.
Aliada à quebra do seu sigilo bancário, que foi recebida com indignação, a perspectiva de turbulência na área militar desenha um quadro ainda mais preocupante para Temer.