No silêncio das madrugadas da Casa Branca, Donald Trump torce pelo pior. O presidente americano está sem ar. Cada vez que abre a boca, o mundo desaba. Pouco importa o que diz, nunca tem razão.
A História é repetitiva. Nós é que não temos memória. Quando governos começam a desmoronar, precisam dar sinais de força. Nada melhor do que usar a força contra um inimigo que ameace o modo americano de viver. Ou que pareça ameaçar, como o Iraque nos tempos de Bush.
A Coreia do Norte é um presente de Natal antecipado para Trump. Ou a Venezuela, ou o Irã. Temer que se cuide. A sensação é de que o presidente está, nesses dias, escolhendo qual o inimigo mais adequado, aquele que mostrará ao mundo e aos americanos que com Trump não se brinca.
Paralelamente ao desgaste interno, Trump teve entre seus maiores apoiadores de campanha os magnatas da indústria bélica, que investe bilhões em pesquisa e em novas armas. Tudo o que eles querem é testá-las. E vendê-las.
Munição tem prazo de validade. A máquina militar americana não pode parar. Anotem aí. É só uma questão de tempo. E de outras declarações infelizes que precisem ser esquecidas, como a mais recente, sobre as manifestações racistas na Virgínia.
Quando os "nossos rapazes" embarcarem para os combates, haverá protestos em Nova York, Washington e na Califórnia. Mas quem decidiu a eleição foi um outro tipo americano. Esses homens tementes a Deus e provedores de suas famílias baterão palmas. Talvez, silenciosamente.
Nada como uma guerra depois da outra para dar uma virada no astral.