Então chegou 2017. Ninguém pode dizer que não foi avisado, estava claro desde o início que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Que tempos esses, senhoras e senhores.
Evito comentar as más notícias, que mal esperaram a virada para acontecer. Prefiro pensar que, neste ano, alguma coisa deve mudar no nosso ânimo. Sim, pois o que nos mantém vivos e em movimento é a esperança. Que palavrinha mágica. O filósofo alemão Ernst Bloch (1885-1977) dedicou um livro inteiro a ela. Em três volumes. São 1.378 páginas de otimismo em relação ao futuro na edição brasileira de O princípio esperança. Mas ler é uma coisa; colocar em prática é outra, bem diferente – uma depende da outra.
Esperança é o que nos faz apostar na Mega Sena e sonhar com uma vida melhor, mesmo sabendo que as chances são minguadas (a propósito: parabéns aos vencedores!).
A esperança também nos leva a desejar que a crise brasileira esteja perto de um desfecho, que Trump não cause tantos problemas nos Estados Unidos e no mundo, que haja menos pessoas por aí vivendo com US$ 1,9 dólar ao dia e entrando para as estatísticas de pobreza do Banco Mundial. E que a dupla Gre-Nal traga alegrias a suas torcidas (os colorados que o digam).A esperança não nos deixa desanimar. Precisaremos muito disso para atravessar 2017. Já aconselhava Paulinho da Viola: faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco devagar.
Agora, mãos à obra.
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Desafios
Se você acha que a vida não está fácil, lembre-se do português António Guterres, 67 anos, que terá um dos trabalhos mais difíceis do mundo como secretário-geral da ONU, cargo que assumiu ontem. Ficará até o final de 2021. Tido como um sujeito com boas credenciais, Guterres precisará enfrentar questões como a guerra na Síria, a crise dos refugiados e a mudança climática. E ainda um presidente americano que não poupa críticas à instituição.
Dedos cruzados
Por enquanto, só está disponível nos Estados Unidos, mas cinéfilos mais ligados podem ficar de olho no FilmStruck, serviço de streaming que traz aquilo de que alguns mais sentem falta na Netflix: filmes de arte, independentes e estrangeiros (isto é, não americanos). O aplicativo ainda oferece uma modalidade de assinatura que inclui acesso à cobiçada Criterion Collection, reedição de clássicos do cinema no formato original e com extras.
Para os pequenos
Tendo como tema o respeito às diferenças, o projeto Grandes Pequeninos acaba de estrear no Discovery Kids. Frutos de uma parceria do gaúcho Alopra Estúdio com o casal Jairzinho e Tania Khalill, os vídeos figuram nos intervalos da programação do canal. 2017 também promete para o estúdio, que foi um dos 88 contemplados com edital do governo federal para produzir uma nova série de animação no Brasil.
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