
Líder de indicações ao Oscar 2023 — são 11 no total —, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo recebeu no fim de semana mais uma porção de prêmios prévios, reforçando seu favoritismo para a 95ª cerimônia da Academia de Hollywood, em 12 de março.
Nesta coluna, faço um balanço das premiações de cada categoria. Em algumas, a tendência parece irreversível. Em outras, o jogo ainda está em aberto. E surpresas sempre podem acontecer — ou, pelo menos, eu torço para que aconteçam.
No Brasil, o Oscar será transmitido ao vivo, a partir das 21h (horário de Brasília), pelo canal pago TNT e pela plataforma de streaming HBO Max. Na TNT, a cobertura começa às 20h. Confira quem vai ganhar as estatuetas douradas em 20 categorias (deixei de fora os curtas-metragens) e quem deveria.
Melhor filme

Indicados: Avatar: O Caminho da Água, Os Banshees de Inisherin, Elvis, Entre Mulheres, Os Fabelmans, Nada de Novo no Front, TÁR, Top Gun: Maverick, Triângulo da Tristeza e Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
As premiações prévias pavimentaram o caminho de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. O filme dirigido pela dupla Dan Kwan e Daniel Scheinert foi eleito o melhor do ano pela Associação dos Produtores dos EUA — a escolha do PGA Awards, surgido em 1989, coincidiu com a do Oscar em 23 das 33 edições anteriores (incluindo a do ano passado, quando No Ritmo do Coração derrotou Ataque dos Cães).
Muitos dos eleitores dessa premiação também são membros da Academia de Hollywood, assim como votam no Oscar integrantes do Sindicato dos Atores dos EUA, que deram à aventura de uma imigrante chinesa pelo multiverso o principal troféu do SAG Awards, o de melhor elenco — e que premiaram individualmente três artistas do filme (veja logo abaixo).
E Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo também ganhou o DGA Awards, do Sindicato dos Diretores dos EUA (leia logo abaixo), tornando-se o 10º filme a conquistar o "triplo cinturão": PGA, SAG e DGA. Dos nove anteriores, oito repetiram o triunfo no Oscar: Beleza Americana, Chicago, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, Onde os Fracos Não Têm Vez, Quem Quer Ser um Milionário?, O Discurso do Rei, Argo e Birdman. O único que falhou foi Apollo 13, derrotado por Coração Valente.
O currículo de vitórias inclui o WGA Awards, entregue no domingo (5) pelo Sindicato dos Roteiristas dos EUA (leia mais abaixo), o Critics' Choice, concedido pelos críticos de rádio, TV e internet dos Estados Unidos e do Canadá, e o Independent Spirit Awards, dedicado às produções de baixo orçamento — foram sete conquistas na premiação realizada no sábado (4): melhor filme, direção, melhor performance de protagonista (Michelle Yeoh), melhor performance de coadjuvante (Ke Huy Quan), melhor performance revelação (Stephanie Hsu) e melhor edição.

Entre os nove concorrentes ao Oscar 2023 de melhor filme, Os Fabelmans e Os Banshees de Inisherin ganharam o Globo de Ouro — respectivamente, de drama e comédia ou musical —, mas vale lembrar que essa premiação é da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood, que não vota no Oscar.
O rival de fato é Nada de Novo no Front, que tem nove indicações no total e que derrotou Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo no único duelo direto travado nas premiações prévias. No Bafta, da Academia Britânica, que tem cerca de 500 membros entre os 8 mil votantes do troféu de Hollywood, o drama de guerra alemão superou TTLMT nas categorias de melhor filme, direção (Edward Berger) e música, além de faturar longa estrangeiro, roteiro adaptado, fotografia e som. Perdeu apenas em edição.
Os dois filmes têm a seu favor o contexto atual — ou fatores politicamente corretos, diriam alguns. Em um Oscar que ignorou solenemente obras sobre racismo, escravidão, exclusão e violência contra a população negra (A Mulher Rei, Não! Não Olhe! e Till: A Busca por Justiça), o elenco predominantemente asiático de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo pode capitalizar os votos de quem quer mais diversidade étnica na premiação da Academia de Hollywood. Já Nada de Novo no Front, que desde as primeiras cenas mostra como a guerra é uma indústria da morte, pode falar mais alto junto à parcela de eleitores que preferem filmes mais sérios ou reflexões sobre temas candentes — vale lembrar que a invasão da Ucrânia pela Rússia acaba de completar um ano.
Meu voto iria para: TÁR, por ser o filme que permite mais interpretações, muitas delas antagônicas.
Melhor direção

Indicados: Todd Field (TÁR), Dan Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin), Ruben Östlund (Triângulo da Tristeza) e Steven Spielberg (Os Fabelmans)
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo valeu aos Daniels o troféu DGA, do Sindicato dos Diretores dos EUA. Nas 50 edições anteriores do prêmio, essa escolha se repetiu no Oscar 43 vezes. Eles também venceram o Critics' Choice e o Independent Spirit Awards. O Globo de Ouro elegeu Steven Spielberg, e o Bafta, Edward Berger, de Nada de Novo no Front.
Meu voto iria para: Todd Field (TÁR), por evitar os típicos caminhos hollywoodianos. O diretor pega desvios e, em vez de oferecer cenas à la cartão postal, em que tudo está dado, nos convida a explorar detalhes e a flagrarmos sua protagonista em momentos de intimidade, de vulnerabilidade, de crueldade.
Melhor ator

Indicados: Austin Butler (Elvis), Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin), Brendan Fraser (A Baleia), Paul Mescal (Aftersun) e Bill Nighy (Living)
A briga está acirrada. Brendan Fraser foi premiado pelo Sindicato dos Atores e no Critics' Choice. Austin Butler ganhou o Bafta e o Globo de Ouro de ator em drama. Colin Farrell levou o Globo de Ouro de ator em comédia ou musical. Nas 28 edições anteriores do SAG Awards, em 21 vezes houve coincidência com o Oscar.
Meu voto iria para: Paul Mescal (Aftersun), mais pelo filme, que deveria estar concorrendo em outras categorias, do que pela atuação — a melhor, para mim, é a de Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin), mais nuançada do que a de Austin Butler (Elvis), que tinha a seu favor um espelho (Elvis Presley) no qual se olhar, e a de Brendan Fraser (A Baleia), que tinha a seu favor o processo de transformação física.
Melhor atriz

Indicadas: Ana de Armas (Blonde), Cate Blanchett (TÁR), Andrea Riseborough (Para Leslie), Michelle Williams (Os Fabelmans) e Michelle Yeoh (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
A premiação de Michelle Yeoh no Sindicato dos Atores abalou o favoritismo de Cate Blanchett, que já tinha vencido o Bafta, o Globo de Ouro de atriz em drama e o Critics' Choice, além da Copa Volpi no Festival de Veneza. Yeoh conquistou também o Globo de Ouro de atriz em comédia ou musical e o Independent Spirit Awards. Como na categoria de melhor ator, nas 28 edições anteriores do SAG Awards, em 21 vezes houve coincidência com o Oscar.
Meu voto iria para: Cate Blanchett (TÁR), com larga vantagem sobre as rivais. Larga mesmo.
Ator coadjuvante

Indicados: Brendan Gleeson (Os Banshees de Inisherin), Brian Tyree Henry (Passagem), Judd Hirsch (Os Fabelmans), Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin) e Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
Queridinho da crítica, Ke Huy Quan foi premiado pelo Sindicato dos Atores dos EUA, pelo Globo de Ouro, pelo Critics' Choice e no Independent Spirit Awards. O Bafta votou em Barry Keoghan.
Meu voto iria para: Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin), que evita a caricatura ao interpretar o bobo do vilarejo, que também é um sujeito sensível e sofrido.
Atriz coadjuvante

Indicadas: Angela Bassett (Pantera Negra: Wakanda para Sempre), Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), Hong Chau (A Baleia), Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin) e Stephanie Hsu (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
A disputa parece estar mais aberta. Jamie Lee Curtis ganhou o SAG Awards. Kerry Condon faturou o Bafta. Angela Bassett foi premiada no Globo de Ouro e no Critics' Choice. Stephanie Hsu venceu o Independent Spirit.
Meu voto iria para: Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo). Tenho de dar o braço a torcer: seu trabalho pode não ser o melhor, mas sua personagem é a mais marcante entre as candidatas ao prêmio.
Roteiro original

Indicados: Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin), Todd Field (TÁR), Dan Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), Ruben Östlund (Triângulo da Tristeza) e Steven Spielberg e Tony Kushner (Os Fabelmans)
O Sindicato dos Roteiristas dos EUA e o Critics' Choice consagraram Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que também venceu no Independent Spirit Awards. O Bafta e o Globo de Ouro preferiram Os Banshees de Inisherin.
Meu voto iria para: Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin), por ter escrito a história que é realmente a mais surpreendente entre as cinco indicadas — a despeito da criatividade e do desprendimento dos Daniels ao liquidificarem referências cinematográficas em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, seu filme é uma mistura previsível de aventura, drama familiar e comédia agridoce. E o roteiro de Os Banshees de Inisherin também é o que mais faz o espectador se colocar no lugar dos personagens.
Roteiro adaptado

Indicados: Edward Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell (Nada de Novo no Front), Kazuo Ishiguro (Living), Rian Johnson (Glass Onion: Um Mistério Knives Out), Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie (Top Gun: Maverick) e Sarah Polley (Entre Mulheres)
O Sindicato dos Roteiristas dos EUA e o Critics' Choice laurearam Entre Mulheres. O Bafta premiou Nada de Novo no Front.
Meu voto iria para: Sarah Polley (Entre Mulheres), por ter valorizado os dolorosos diálogos e os sentimentos conflitantes de religiosas vítimas de estupro.
Fotografia

Indicados: Roger Deakins (Império da Luz), James Friend (Nada de Novo no Front), Florian Hoffmeister (TÁR), Darius Khondji (Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades) e Mandy Walker (Elvis)
O Sindicato dos Diretores de Fotografia dos EUA premiou no domingo (5) Elvis, que derrotou os mesmos quatro rivais que terá no Oscar. No Bafta, deu Nada de Novo no Front. No Critics' Choice, Top Gun: Maverick.
Meu voto iria para: James Friend (Nada de Novo no Front), por permitir ao cineasta Edward Berger apostar na força da narrativa visual.
Edição

Indicados: Eddie Hamilton (Top Gun: Maverick), Mikkel E.G. Nielsen (Os Banshees de Inisherin), Matt Villa e Jonathan Redmond (Elvis), Paul Rogers (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) e Monika Willi (TÁR)
O Sindicato dos Editores dos EUA premiou em 5 de março quatro categorias: filme de comédia (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), filme dramático (Top Gun: Maverick), animação (Pinóquio de Guillermo Del Toro) e documentário (Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft). Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo também venceu no Bafta e no Critics' Choice.
Meu voto iria para: Monika Willi (TÁR), por ir na contramão: não raro dissonante, sua montagem instiga o espectador a construir ele próprio o quadro completo.
Design de produção

Indicados: Dylan Cole, Ben Procter e Vanessa Cole (Avatar: O Caminho da Água), Florencia Martin e Anthony Carlino (Babilônia), Catherine Martin, Karen Murphy e Bev Dunn (Elvis), Rick Carter e Karen O'Hara (Os Fabelmans) e Christian M. Goldbeck e Ernestine Hipper (Nada de Novo no Front)
É a categoria que avalia cenários, elementos decorativos e afins. O Sindicato dos Diretores de Arte dos EUA distribui quatro troféus: em filmes de fantasia, deu Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo; nos contemporâneos, Glass Onion; nas produções de época, Babilônia; e nas animações, Pinóquio de Guillermo Del Toro. Babilônia também ganhou no Bafta e no Critics' Choice.
Meu voto iria para: Babilônia, por toda a suntuosidade e precariedade da antiga Hollywood.
Figurino

Indicadas: Jenny Beavan (Sra. Harris Vai a Paris), Ruth E. Carter (Pantera Negra: Wakanda para Sempre), Shirley Kurata (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), Catherine Martin (Elvis) e Mary Zophres (Babilônia)
O Sindicato dos Figurinistas dos EUA premia três categorias. Entre os filmes de época, deu Elvis. Nos contemporâneos, Glass Onion. Nos títulos de fantasia e ficção científica, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. No Bafta, Elvis ganhou. No Critics' Choice, Pantera Negra: Wakanda para Sempre.
Meu voto iria para: Ruth E. Carter (Pantera Negra: Wakanda para Sempre), que faz os figurinos serem personagens à parte.
Maquiagem e cabelos

Indicados: A Baleia, Batman, Elvis, Nada de Novo no Front e Pantera Negra: Wakanda para Sempre
O Sindicato da categoria distribuiu cinco prêmios. Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo venceu em maquiagem contemporânea, e Elvis ganhou em maquiagem de época. Os melhores efeitos em maquiagem foram os de A Baleia. Nos cabelos, saíram premiados Pantera Negra: Wakanda para Sempre (contemporâneo) e Elvis (de época). Elvis também faturou o Bafta e Critics' Choice.
Meu voto iria para: Elvis, pelo conjunto da obra.
Som

Indicados: Avatar: O Caminho da Água, Batman, Elvis, Nada de Novo no Front e Top Gun: Maverick
O sindicato da categoria premiou Top Gun: Maverick. No Bafta, deu Nada de Novo no Front.
Meu voto iria para: Nada de Novo no Front, em que o som é peça fundamental para nos sentirmos dentro das trincheiras.
Efeitos visuais

Indicados: Avatar: O Caminho da Água, Batman, Nada de Novo no Front, Pantera Negra: Wakanda para Sempre e Top Gun: Maverick
Avatar 2 dominou a premiação do sindicato da categoria, com nove troféus, e também levou o Bafta.
Meu voto iria para: Nada de Novo no Front. Só por birra com Avatar 2.
Música

Indicados: Volker Bertelmann (Nada de Novo no Front), Carter Burwell (Os Banshees de Inisherin), Justin Hurwitz (Babilônia), Son Lux (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) e John Williams (Os Fabelmans)
O Bafta premiou Nada de Novo no Front, e o Critics' Choice, Hildur Guðnadóttir, por TÁR. No Globo de Ouro, deu Babilônia.
Meu voto iria para: Justin Hurwitz (Babilônia), porque desde o dia 19 de janeiro seu tema não sai da minha cabeça.
Canção original

Indicadas: Applause (de Tell it Like a Woman), Hold my Hand (de Top Gun: Maverick), Lift me Up (de Pantera Negra: Wakanda para Sempre), Naatu Naatu (de RRR: Revolta, Rebelião, Revolução) e This Is a Life (de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)
Naatu Naatu já foi premiada no Globo de Ouro e no Critic's Choice. O triunfo no Oscar seria uma consolação pela ausência de RRR na briga pelo prêmio de melhor filme internacional — a Índia selecionou The Last Film Show.
Meu voto iria para: Naatu Naatu (de RRR), por toda sua empolgação e por estar integrada à história, em vez de só ser ouvida nos créditos finais.
Filme internacional

Indicados: Argentina, 1985 (Argentina), Close (Bélgica), EO (Polônia), Nada de Novo no Front (Alemanha) e The Quiet Girl (Irlanda)
Por ter conquistado sete troféus no Bafta e por concorrer em um total de nove categorias no Oscar, Nada de Novo no Front é o grande favorito. Argentina, 1985 corre bem por fora, ancorado pelo Globo de Ouro. No Critics Choice, ambos perderam para o indiano RRR.
Meu voto iria para: Nada de Novo no Front, mas com dor no coração por não poder votar também em Close.
Longa de animação

Indicados: Gato de Botas 2: O Último Pedido, A Fera do Mar, Marcel the Shell With Shoes On, Pinóquio de Guillermo Del Toro e Red: Crescer É uma Fera
Barbada para Pinóquio, que já conquistou o PGA Awards, o Bafta, o Globo de Ouro, o Critics' Choice e o Annie Awards (o "Oscar" específico das animações).
Meu voto iria para: Pinóquio de Guillermo Del Toro, menos por convicção e mais por não enxergar um adversário à altura.
Documentário

Indicados: All the Beauty and the Bloodshed, A House Made of Splinters, Navalny, Tudo o que Respira e Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft
Navalny tomou a dianteira ao receber o prêmio da Associação dos Produtores dos EUA, que se soma ao Bafta. Vulcões valeu a Sara Dosa o troféu do Sindicato dos Diretores e o do Sindicato dos Editores. O Sindicato dos Roteiristas premiou Moonage Daydream, que não compete. O Sindicato dos Diretores de Fotografia laureou Tudo o que Respira.
Meu voto iria para: Tudo o que Respira (Al That Breathes), por conseguir tornar universal e urgente a história de dois irmãos indianos empenhados em salvar uma espécie de pássaro na poluída Nova Déli.