O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Após cinco meses de insistência com o governo federal, o prefeito de General Câmara recebeu as chaves das 25 casas que pertenciam ao Arsenal de Guerra do Exército, e que estavam desocupadas. As residências serão repassadas para famílias que ficaram desalojadas após a enchente de maio.
De acordo com o secretário da Reconstrução, Maneco Hassen, seis famílias já estão autorizadas pelo governo federal a entrar imediatamente em um dos imóveis. As outras 19 devem receber a permissão entre esta sexta-feira (25) e o início da próxima semana.
As casas tiveram suas estruturas avaliadas pela equipe de engenharia da Caixa Econômica Federal, que autorizou o uso dos imóveis sem a necessidade de reparos. As casas são entregues às famílias com toda a mobília que era utilizada pelo Exército, mas o governo não informou o que consta em cada uma das casas. Para aquisição de novas mobílias, no caso das famílias que perderam o que tinham na enchente, a União indica o auxílio reconstrução de R$ 5,1 mil.
As residências foram construídas para uso de militares, mas estão vazias desde que o quartel começou a ser fechado na cidade, em 2022. Em junho, técnicos da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e da Caixa Econômica Federal foram ao município vistoriar as casas. O Exército repassou as moradias para a SPU, num processo que, segundo Maneco, envolve uma tramitação burocrática.
— Vinte e cinco famílias de General Câmara agora vão ser beneficiadas, vão ter a doação desses imóveis para ser a sua nova residência depois da tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul.
O processo de repasse das casas envolveu os trâmites para concluir o fechamento do quartel, o cadastro das famílias junto ao Ministério das Cidades e a espera por uma decisão da Casa Civil sobre como as residências seriam entregues às pessoas.