O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Como ocorre em todos os anos bissextos, eleitores dos 5.565 municípios brasileiros voltarão às urnas em 2024 para escolher os prefeitos e vereadores que administrarão a cidade no próximo quadriênio. O pleito do dia 6 de outubro poderá servir tanto para reeleger aqueles que fizeram jus à confiança recebida em 2020 quanto para dar cartão vermelho aos que não corresponderam às expectativas criadas na última campanha.
Por estarem mais próximos do cotidiano dos eleitores, prefeitos e vereadores podem ser fiscalizados com mais afinco e até cobrados pessoalmente sobre os problemas do município. Por isso, na hora de escolher um candidato, é fundamental averiguar se o discurso de campanha é compatível com a prática.
Se o concorrente já é político, é necessário verificar o que fez durante seus mandatos e se cumpriu os compromissos assumidos com a população. Se não é, cabe saber o que já fez para contribuir com a comunidade em que vive.
Aos candidatos a prefeito, a principal tarefa é sair do discurso pasteurizado, muitas vezes moldado por marqueteiros para escapar da rejeição, e dizer concretamente o que pretendem fazer nos quatro anos de mandato. Explicar como vão contribuir para gerar empregos, melhorar o atendimento na saúde e oferecer uma educação às crianças e aos adolescentes calcada na realidade do século 21.
Isso deve ser feito a partir de propostas factíveis, e sobretudo, dizendo de onde sairão os recursos para implementá-las. As prioridades de cada município são diferentes, mas todas as mudanças necessárias dependem de alguma capacidade financeira para tirar as boas ideias do papel.
Aliás
As convenções partidárias serão entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, mas o quadro eleitoral será desenhado antes disso, principalmente nas maiores cidades. No início de abril, seis meses antes do primeiro turno, termina o prazo para filiações e mudanças de partido para quem deseja ser candidato.