O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Os trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves que permanecem no Rio Grande do Sul terão apoio do governo do Estado para a reinserção no mercado de trabalho. Na força-tarefa montada pelo Piratini para atuar no caso, a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) será responsável por dialogar com os trabalhadores e encaminhá-los para os cursos de qualificação desejados.
Nesta sexta-feira (3), o secretário Gilmar Sossella esteve na agência da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas) de Montenegro e conversou com um dos trabalhadores resgatados. Na ocasião, o homem de 22 anos se cadastrou no Sistema Nacional de Emprego (Sine) para estar apto a novas oportunidades de trabalho.
— O primeiro passo foi encaminhar esses trabalhadores para receberem seus direitos e para que consigam o seguro-desemprego. Agora estamos em um processo de busca ativa para dar guarida a esses trabalhadores e verificar em quais áreas eles pretendem se qualificar e, se desejarem, possam voltar a estudar — disse o secretário.
De acordo com Sossella, a secretaria e a Fgtas vão procurar todos os trabalhadores que permaneceram no Estado para prestar assistência.
Dentre 207 homens resgatados, estão dois baianos decidiram permanecer na Serra e nove gaúchos que retornaram a seus municípios de origem.
No início da semana, todos os safristas resgatados receberam a verba rescisória da empresa terceirizada que os contratou.