Anunciado na primeira semana do ano como novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o ex-deputado Edegar Pretto ainda está esperando sua condução ao cargo. Por enquanto, Pretto tem participado de reuniões, eventos, viagens e atividades atinentes à companhia, mesmo sem ter a nomeação oficializada.
Nesta sexta-feira (17), o futuro presidente da Conab esteve ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, na 20ª edição da Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão. O evento, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reuniu assentados de todas as regiões do Estado, líderes políticos e defensores da reforma agrária.
Consultado pela coluna, Pretto atribuiu à burocracia a razão da demora em sua oficialização como chefe da estatal. Primeiro, explicou, foi necessária a edição da medida provisória de reestruturação do governo, que vinculou a Conab ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em 24 de janeiro. Depois, foi preciso mudar a composição do conselho de administração da companhia, que ainda era formado por indicados do governo Jair Bolsonaro, o que ocorreu nesta semana.
— Agora com isto realizado, continua o processo para troca de toda a diretoria da empresa, onde me incluo. Estes tempos são parte da Lei das Estatais e que tem questões no Estatuto da Companhia — explicou Pretto.
O estatuto da companhia, aliás, terá de ser modificado para que o petista seja efetivado. Atualmente, o documento exige que o presidente da Conab tenha curso de pós-graduação em área atinente às atividades da estatal ou cinco anos de experiência em cargo de chefia em uma companhia de grande porte. Pretto tem graduação superior em Gestão Pública.