Correção: o partido de Beto Albuquerque é o PSB, e não o PSD, como publicado entre as 19h43min do dia 30/5 e as 7h46min do dia 31. O texto já foi corrigido.
O clima amistoso da conversa na casa do presidente do PDT, Ciro Simoni, em Osório, animou o pré-candidato do partido a governador, Vieira da Cunha, a convidar os líderes do MDB para “comer uma carninha com vinho da serra gaúcha” em sua residência, na próxima segunda-feira (6). O deputado Gabriel Souza, o prefeito Sebastião Melo e o deputado federal Giovane Feltes foram a Osório conversar com os trabalhistas. Do jantar no apartamento de Vieira devem participar os mesmos atores do encontro de Osório, com um acréscimo importante: o ex-governador José Ivo Sartori, que poderá ser candidato ao Senado.
— Conversamos sobre eleições naturalmente e sobre nossos pontos de convergência, mas, assim como no caso de Beto Albuquerque (PSB), uma aliança esbarra no desejo de cada um de encabeçar a chapa — admite Vieira.
Há outro obstáculo que, em tese, dificulta uma coligação: a eleição presidencial. O PDT quer um palanque para Ciro Gomes no Rio Grande do Sul. O MDB lançou a senadora Simone Tebet. Um dos participantes do jantar saiu com a sensação de que esse problema poderia ser contornado com o PDT apoiando Ciro e o MDB trabalhando por Simone, mesmo que se unam no mesmo projeto no Estado.
Vieira diz que os pontos de convergência são muitos, mas há divergências que precisariam ser resolvidas para as negociações avançarem. O MDB integra o governo de Eduardo Leite/Ranolfo Vieira Júnior e deu votos decisivos para a aprovação das privatizações e das reformas previdenciária e administrativa. O PDT é contra vender estatais e considera o Banrisul, por exemplo, intocável.
O PDT, que ocupou a secretaria de Educação no governo de Sartori com o próprio Vieira, e no de Germano Rigotto, com José Fortunati, defende a realização imediata de concurso público, deixando as contratações temporárias limitadas aos casos de emergência. O MDB, que participa do atual governo, também critica os resultados, com base na avaliação diagnóstica que mostrou índices insatisfatórios de aprendizagem, sobretudo em matemátia e língua portuguesa.
Ciro vem aí
Está confirmada para os dias 8, 9 e 10 de junho a próxima visita de Ciro Gomes ao Rio Grande do Sul. O pré-candidato do PDT a presidente vai participar de atividades políticas em Porto Alegre e Caxias do Sul, no dia 9, e Pelotas, no dia 10. Como a visita coincide com a Fenadoce, Ciro aproveitará para visitar uma das mais tradicionais festas populares do Estado. Em Caxias, a agenda inclui visita a empresas.
Em Porto Alegre, Ciro participará odo lançamento da pré-candidatura e Vieira da Cunha a governador, um jantar por adesão para cerca de 2 mil pessoas, provavelmente na Casa do Gaúcho.