Os dois deputados estaduais do Partido Novo anunciaram que votarão contra a eleição de Valdeci Oliveira (PT) para a presidência da Assembleia Legislativa. Trata-se de uma atitude para marcar posição, já que Valdeci será candidato único no pleito marcado para a próxima segunda-feira (31), respeitando um acordo feito entre as maiores bancadas do Legislativo. Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo devem ter a companhia de Luciana Genro (PSOL), que sempre rejeita a composição.
Para justificar o posicionamento, a bancada do Novo emitiu nota elencando uma série de fatores que contribuíram para a decisão. O primeiro ponto ressalta que Valdeci "foi o proponente do absurdo aumento da cota parlamentar em 120%, último ato da Mesa Diretora no ano de 2021". Na verdade, o reajuste foi decidido em conjunto pela Mesa, e revogado em janeiro.
O documento ainda lembra que o petista opinou pela rejeição da tramitação de uma PEC que propunha a revisão do Pacto Federativo, apresentada por Riesgo.
Os deputados também não escondem que a rejeição tem viés ideológico: Ostermann e Riesgo afirmam que o PT atuou contra "todas as reformas estruturantes aprovadas nesta legislatura" e "foi decisivo na votação que garantiu ao governo mais um ano de aumento de impostos, ainda no fim de 2020".
"Em outras palavras: a atuação do PT é diametralmente oposta ao que buscam, diariamente, os parlamentares do Novo. E não se trata apenas de uma divergência no plano das ideias. As posições do PT interferem (e, como é óbvio, certamente interferirão) na administração da Assembleia Legislativa", diz a nota.
Nos três anos anteriores, os deputados do Novo votaram a favor da condução de Luís Augusto Lara (PTB), Ernani Polo (PP) e Gabriel Souza (MDB) ao comando do Legislativo, apesar de não participarem do acordo entre bancadas. Em todos os casos, entregaram cartas com demandas aos futuros presidentes da Casa.
— A bancada do Novo jamais participou deste acordo. Nas eleições anteriores, optamos pelo diálogo e pela articulação de compromissos. Entretanto, e especialmente no último ano, nossos compromissos não foram honrados — afirma Ostermann.
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