A vereadora Mônica Leal (PP) propôs formalmente à Mesa Diretora da Câmara de Porto Alegre a criação de uma Comissão de Ética na Casa. A solicitação foi motivada pelo episódio recente no qual a vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB) relatou ter sido desrespeitada pelo colega Alexandre Bobadra (PSL), que teria dito que ela sente "tesão" por ele.
Quando Bruna expôs o caso na tribuna, Mônica estava presidindo a sessão plenária e solicitou a entrega de uma representação formal, o que foi feito pela vereadora. Bobadra, que nega ter desrespeitado a colega, também protocolou representação contra Bruna.
Em seu pedido, Mônica escreveu que a comissão deve ser um órgão permanente "encarregado de julgar e aplicar penalidades aos vereadores, nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar". Atualmente, quando há acusação contra algum vereador, é a Mesa Diretora quem conduz o procedimento de apuração inicial, e decide se a investigação deve ou não prosseguir.
— A criação de uma Comissão de Ética, eleita periodicamente pelo plenário, como já existe nas esferas estadual e federal, desloca a apuração de infrações ao Código de Ética para um órgão parlamentar especializado, com maior pluralidade e, por conseguinte, com maior capacidade de tomar as decisões mais acertadas nas questões da ética parlamentar — sustenta Mônica.
A título de comparação, na Assembleia Legislativa, a Comissão de Ética é formada a cada dois anos, e é acionada sempre que há uma demanda específica - como a denúncia contra um deputado, por exemplo.
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