Quem acompanhou os embates do prefeito Nelson Marchezan com os representantes do comércio, no auge da pandemia, nunca poderia imaginar que na campanha pela reeleição algum acionista de shopping center colocasse dinheiro na campanha do tucano. O Rio Grande do Sul foi um dos últimos Estados a autorizar a reabertura dos shopping centers e, ainda assim, com horários limitados.
No balancete dos recursos recebidos até agora de pessoas físicas o repórter Carlos Rollsing identificou três doações surpreendentes. Pedro Jereissati e Carlos Jereissati, do Grupo Iguatemi, doaram R$ 75 mil cada um. José Isaac Peres, acionista do Multiplan, dono do BarraShoppingSul, contribuiu com R$ 70 mil.
Cabe lembrar que o Grupo Iguatemi é controlado pela família do senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB.
A coluna acompanhou alguns embates de Marchezan com os administradores de shopping centers, que discordavam da demora da prefeitura em reabrir as lojas e das regras adotadas em determinado período, se acordo com o faturamento das lojas.
Até agora, Marchezan foi, entre os candidatos a prefeito de Porto Alegre, o que mais recebeu contribuições de pessoas físicas. Foram R$ 233 mil de seis doadores. Em seguida vem Manuela D’Ávila, com R$ 115.510, doados por 35 pessoas físicas.
Neste ano, por causa da pandemia todas as campanhas estão mais pobres. Os grandes doadores de 2016 ainda não se apresentaram. Em 2016, um mês antes da eleição, Marchezan (que tinha a campanha mais rica) havia arrecadado R$ 631 mil, sendo apenas R$ 50 mil do diretório do PSDB. Um total de R$ 440,6 mil vieram de 11 diretores e acionistas de grandes empresa que, neste ano, não deram o ar da graça.
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