Os vídeos da dancinha do presidente Jair Bolsonaro e do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, viralizaram no fim de semana.
A cena, protagonizada diante de milhares de evangélicos reunidos em um encontro da Igreja Internacional da Graça de Deus, no Rio, é carregada de simbolismo político: Crivella é candidato à reeleição e tenta ser o nome do bolsonarismo no Rio.
Literalmente, Crivella chamou Bolsonaro para dançar – e o presidente não se fez de rogado: mãos para cima, deu alguns passos abraçado ao prefeito.
As imagens servem à perfeição para o propósito do prefeito de conquistar os eleitores de Bolsonaro no Rio, onde o presidente declarou guerra ao governador Wilson Witzel e é inimigo do principal candidato da esquerda, o deputado Marcelo Freixo (PSOL). A Bolsonaro também interessa manter a popularidade entre o eleitorado do bispo, com quem partilha do mesmo ideário conservador.
No estádio, com os mais populares
O fim de semana no presidente Jair Bolsonaro começou com religião e terminou com futebol, sempre tendo a política como pano de fundo.
Na manhã de domingo, assistiu ao jogo em que o Flamengo levou a Supercopa ao derrotar o Athletico Paranaense, no Estádio Mané Garrincha.
Bolsonaro dividiu a tribuna de honra com o vice-presidente Hamilton Mourão, seus ministros mais populares, Sergio Moro e Damares Alves, mais dois integrantes do primeiro escalão, Tarcísio Freitas e o general Augusto Heleno.
Tanto os aplausos quanto as vaias foram discretos.