A pouco mais de 24 horas de assumir o segundo mandato, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, reconheceu no Gaúcha Atualidade que tem um bom problema pela frente: em vez da tradicional falta de recursos, o desafio agora é aplicar o dinheiro dos financiamentos assegurados no final deste ano.
O prefeito se refere não só a financiamentos internacionais que somam R$ 4 bilhões, como a recursos do governo federal para obras de recuperação dos estragos provocados pela enchente.
Temendo que se repitam os atrasos ocorridos com as obras da Copa, o prefeito vai reestruturar a administração para criar nas secretarias núcleos específicos de gestão das obras. Nem todas estão concentradas no Escritório de Reconstrução, conduzido pelo secretário do Meio Ambiente, Germano Bremm.
A ideia é contratar servidores temporários, como está fazendo o governo do Estado, para acelerar a execução dos projetos.
Melo admitiu que o ritmo das obras ainda está longe do ideal e isso inclui a recuperação dos diques e a modernização das casas de bombas, mesmo com recursos assegurados do governo federal. Já foram instalados geradores para o caso de faltar energia, mas o prefeito planeja instalar novas linhas alimentadoras, subterrâneas, para evitar que qualquer vento deixe as casas de bombas sem energia.