O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Integrante da base de Eduardo Leite, a bancada do PSB pedirá ao governo uma alteração no texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) que faz parte do pacote do funcionalismo. Os socialistas querem garantir que os servidores que ganham até R$ 2,5 mil não tenham o valor referente aos adicionais por tempo de serviço suprimidos ao longo do tempo.
A posição foi definida em reunião da bancada nesta terça-feira (21), da qual participaram os deputados Dalciso Oliveira e Franciane Bayer. Elton Weber foi representado pelo chefe de gabinete.
Pela proposta inicial do Piratini, os avanços temporais, como triênios e quinquênios, serão reunidos em uma parcela em separado do salário básico, que será absorvida em eventuais reestruturações da carreira ou da remuneração. Os deputados do PSB, por sua vez, defendem que o valor da parcela não seja absorvido em futuros aumentos e que seja reajustado sempre que houver aumento no básico.
— Nossa ideia é proteger a camada que tem a menor remuneração do Estado, e achamos que esse é um bom ponto de corte. Na proposta do governo, os avanços temporais poderão desaparecer, o que, ao longo do tempo, significará redução salarial e perda do poder de compra — explicou o presidente estadual do partido e coordenador da bancada na Assembleia, Mário Bruck.
De acordo com o dirigente, o partido também vai sugerir uma adaptação no texto que modifica o plano de carreira do magistério, para permitir que o governo reajuste parcela autônoma que será paga em separado, caso a realidade financeira do Estado melhore.
Também segundo Bruck, os parlamentares apoiarão as novas alíquotas da Previdência para os militares, entre 7,5% e 22%.
— A Previdência deve ser igual para todos. É o momento de todos darem o sacrifício, inclusive os militares — pontuou.